Para o diretor, a mera abertura de um crédito suplementar, que considera neutro, não possui impacto na meta fiscal. Segundo Ferreira, os procedimentos relativos à edição dos decretos nunca havia sido questionados nas ocasiões anteriores. Ele admitiu que a emissão dos mecanismos era baseada na meta proposta pelo governo, antes de ser aprovada pelo Congresso, mas avaliou que a prática era realizada da mesma forma em gestões anteriores.
O relatório que era feito já considerava a meta proposta. Foi essa a informação que a gente recebeu lá na hora. Mas o que norteia a minha elaboração do crédito é o limite vigente. Ou seja, eu não estou ampliando o limite de gasto.
A testemunha foi criticada por governistas como Ronaldo Caiado (DEM-GO), que acusou a Secretaria de Orçamento Federal de descumprir regras. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) saiu em defesa do diretor, afirmando que está ocorrendo uma "criminalização do orçamento". Já o advogado da defesa, Bruno Lemos, criticou Caiado por usar um documento que não constava no processo para questionar o depoente.
A próxima sessão da comissão acontece na segunda, 27, para a oitiva de três testemunhas indicadas pela defesa. Serão ouvidos: Patrus Ananias, ex-Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário; Maria Fernanda Ramos Coelho, ex-Secretária Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário; e João Luiz Guadagnin, diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção do Ministério do Desenvolvimento Agrário..