A pedido da PF, o advogado estava sob monitoramento da polícia portuguesa desde quinta-feira, 23, dia da operação.
Gonçalves foi submetido a exames no Instituto Médico Legal e, depois, levado à custódia da Superintendência Regional da PF, na zona oeste, onde estão outros alvos da Custo Brasil, entre eles Paulo Bernardo, preso na quinta-feira.
O advogado disse que estava na Europa "a passeio". Ele teve a prisão decretada pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6.ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Ao saber, em Lisboa, que era alvo da operação, Gonçalves anunciou, por meio de sua defesa, que se apresentaria.
Em agosto de 2015, o advogado, com escritório em Curitiba, foi alvo de buscas durante etapa da Lava Jato. PF e Procuradoria da República suspeitam que o escritório era usado para repasse de propina a Bernardo e custeava despesas eleitorais da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro.
Os recursos teriam saído do "esquema Consist", empresa que fechou acordo em 2010 com entidades contratadas pelo Ministério do Planejamento, na gestão Paulo Bernardo, para gerenciar empréstimos consignados. A investigação aponta desvio de R$ 100 milhões.
Gonçalves já negou ter ligação com a fraude dos consignados. Ele deve ser ouvido na segunda-feira (27) em audiência na Justiça Federal em São Paulo. .