O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), adiantou que, na terça-feira, vai sortear três nomes e escolher o relator do processo de Bolsonaro, que não pode ser nem do partido nem do estado dele. “A partir daí ele terá prazo regimental para apresentar um relatório prévio, que será votado. E, daí em diante, se aprovado, tanto o partido que representou quanto o deputado Jair Bolsonaro e o relator indicam as suas testemunhas”, explicou.
Bolsonaro foi acionado por homenagear o torturador do período da ditadura, coronel Brilhante Ustra, a quem chamou de o pavor da presidente Dilma. A representação contra ele partiu do PV, que o acusa de quebra de decoro parlamentar.
Também a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro pediu a cassação do parlamentar por causa da fala.
No dia da votação do impeachment, Bolsonaro disparou: “perderam em 1964, perderam agora em 2016”. Afirmou ainda que votava contra o comunismo e o Foro de São Paulo, pela liberdade e “pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”.
Ustra comandou o DOI-Codi - símbolo dos porões da ditadura, em São Paulo, entre 1971 e 1974.Há sete anos, Ustra foi declarado torturador pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Procuradores do estado vinham tentando processá-lo pela tortura e morte de vários militantes políticos.
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