Tucanos e socialistas caminham para um distanciamento irreversível nas eleições à Prefeitura de Belo Horizonte. Enquanto por um lado o prefeito Marcio Lacerda confirma em eventos públicos o empresário Paulo Brant para encabeçar a chapa do PSB à sua sucessão; por outro, o PSDB reafirmou nessa segunda-feira (27), em reunião das executivas municipal e estadual a candidatura do deputado estadual João Leite. Outros nomes da base do governo municipal colocados mantêm a disposição de concorrer, o que sinaliza para um cenário com pelo menos sete candidaturas do grupo de aliados que em 2012 apoiaram a reeleição do prefeito: além de João Leite e Paulo Brant, o vice Délio Malheiros (PSD), os deputados federais Eros Biondini (PROS) e Marcelo Álvaro Antônio (PR), o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) e o ex-presidente do Atlético Mineiro Alexandre Kalil (PHS).
Os tucanos deram mais um passo nessa segunda-feira (27) para reafirmar a candidatura de João Leite. As bancadas estadual, federal e executivas do partido confirmaram a candidatura própria. “Todos foram unânimes. Mas estamos construindo a chapa e as alianças. O vice não foi definido”, afirmou o presidente estadual do PSDB, deputado federal Domingos Sávio. Para João Leite, as conversas para alianças vão prosseguir. “Estamos abertos ao diálogo com o PSB e todos os aliados. Gostaríamos muito de repetir a aliança com Lacerda”, sustenta João Leite. Também trabalhando para tornar-se uma possibilidade de união entre PSDB e PSB, o vice Délio Malheiros assinala: “Não é possível que uma aliança que deu certo termine por problemas menores. Continuo a conversa com o PSDB, o G4 formado pelo PP, PTB, DEM e PPS, com o PSDB e também com o prefeito”. Hoje, Malheiros irá reunir-se com Dinis Pinheiro, o ex-governador Alberto Pinto Coelho, Dilzon Melles do PTB e Juarez Amorim do PPS.
Do outro lado, Marcio Lacerda segue reafirmando Paulo Brant. Depois de ter se reunido com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves e outros interlocutores do PSDB, o prefeito assiste ao curso dos acontecimentos na muda. Os seus interlocutores mais próximos lembram que só um fato novo – ou seja – um nome capaz de agradar aos dois lados, mudaria o curso do afastamento. Só que este nome ainda não nasceu.