De novo, esse parecer tem que ser aprovado por maioria simples. Se isso ocorrer, considera-se procedente a acusação e começa a fase de julgamento. Nesse momento do rito, abre-se um prazo de cinco dias para possíveis recursos ao Supremo Tribunal Federal. Todo o processo é encaminhado para o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que deverá marcar uma data para o julgamento e intimar as partes e as testemunhas. Se o parecer for rejeitado, o processo é arquivado e a presidente reassume o cargo.
Na data marcada, previsto para agosto próximo, o presidente do STF assume o comando dos trabalhos. As partes podem comparecer pessoalmente ao julgamento ou serem representadas por procuradores.
Depois disso, as partes se retiram da sessão para discussão entre senadores. Há em seguida a votação nominal. Os senadores devem responder ‘sim’ ou ‘não’ à seguinte pergunta: “Cometeu a acusada os crimes que lhe são imputados, e deve ser ela condenada à perda de seu cargo e à inabilitação temporária, por oito anos, para o desempenho de qualquer função pública, eletiva ou de nomeação?”.
Para ser aprovado o impeachment, são necessários os votos de dois terços dos senadores (54 votos). Caso isso ocorra, o presidente do STF lavra a sentença, que é publicada no Diário Oficial. A ex-presidente é notificada e o processo é encerrado. Se for rejeitado o impeachment, o processo é arquivado.
Reunião de Renan e Dilma
Após oferecer um jantar ao ministro da Fazenda de Michel Temer, na noite dessa terça-feira (28), com a presença de 45 senadores, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem encontro agendado nesta quarta-feira com a presidente afastada Dilma Rousseff. A informação é de sua agenda pública, que foi atualizada também na noite dessa terça-feira (28) pela assessoria do senador.
Conforme a informação, Renan encontra Dilma às 14h30 de hoje no Palácio do Alvorada. O último encontro dos dois aconteceu em 19 de maio, pouco após o afastamento da presidente pelo Senado.
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