O ex-governador de Minas Rondon Pacheco, de 96 anos, recebeu alta na manhã de hoje, quando deixou o Uberlândia Medical Center (UMC) depois de 20 dias internado para tratar de uma pneumonia. Ele foi internado no dia 10 de junho em um hospital particular do Rio de Janeiro e foi transferido para o Uberlândia dois dias depois, a pedido da família.
De acordo com boletim médico, assinado por Thulio Marquez Cunha, coordenador da UTI, Rondon Pacheco apresentou recuperação progressiva, e de acordo com avaliação da equipe, o “quadro clínico favorece a continuidade deste processo de recuperação em casa, com os devidos cuidados alinhados com os familiares”. O ex-governador deixou a unidade de tratamento intensivo (UTI) no último 23, “com quadro clínico apresentando recuperação progressiva e respiração sem uso de equipamentos.”
Para a família de Rondon, a transferência dele para Uberlândia, sua terra natal, foi essencial para a evolução de seu quadro clínico. Eles agradeceram, em especial à equipe médica e a todos os profissionais envolvidos neste processo de recuperação, assim como aos amigos e às pessoas que se uniram em pensamentos positivos em prol de sua saúde. Agradeceram também a imprensa pela cobertura respeito à privacidade do paciente e de seus familiares.
Rondon Pacheco nasceu em 1919 e iniciou sua carreira política em 1947 ao ser eleito para a Constituição estadual. Se aliou a movimentos conservadores que apoiaram a destituição do presidente João Goulart e integrou o alto escalão do regime militar. Em 1968, esteve na aprovação do AI-5 e é um dos únicos políticos que instituíram o Ato Institucional ainda vivos.
Rondon Pacheco assumiu o governador de Minas, entre 1971 a 1975, tem entre suas principais ações a instalação da Fiat no Brasil; a criação da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Turismo e do Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC); e a construção da Central de Abastecimento (Ceasa-MG).