Brasília – Uma carta divulgada no encerramento do seminário sobre grandes casos criminais “Experiência Italiana e Perspectivas no Brasil” repudiou tentativa de políticos atingidos pela Operação Lava-Jato de modificar leis para limitar a assinatura de acordos de delação premiada entre o Ministério Público Federal e pessoas investigadas em inquéritos criminais.
Nos últimos meses, políticos atingidos pela Lava-Jato se articulam para limitar acordos de delação. Alguns também querem derrubar, no Supremo Tribunal Federal (STF), a lei que permite o início do cumprimento de pena de prisão a partir de condenação em segundo grau.
Recente decisão do STF sobre o assunto tem impulsionado importantes delações premiadas. A carta defende ainda a aprovação de novas regras para cooperação internacional em matéria penal e a criação de novas forças-tarefas aos moldes dos grupos de trabalho encarregados das investigações da Lava-Jato. Para procuradores, delações premiadas e acordos de cooperação internacional têm sido fundamentais para o sucesso da Lava-Jato.
As forças-tarefas de procuradores criadas pelo procurador-geral Rodrigo Janot em Curitiba e em Brasília para comandar as investigações sobre corrupção na Petrobras também são consideradas essenciais para a Lava-Jato e deveriam servir de modelo para outras investigações de casos complexos.
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