De forma descontraída, Temer desejou aos empresários que a "cadeira não seja desconfortável" e contou novamente a história de quando passou em um posto numa estrada paulista e viu a placa com dizeres "não fale em crise, trabalhe". Segundo o presidente, depois de sua menção, reportagens mostraram que o posto em questão faliu. "As empresa faliram por conta do sistema econômico anterior. No sistema atual ninguém vai falir", disse.
Segundo Temer, os empresários não têm a preocupação coma figura do presidente e sim com o futuro do País. "Dar apoio ao governo é dar apoio ao Brasil", disse.
Em um afago aos empresários, Temer afirmou que, se a iniciativa privada caminhar bem, forma-se um circulo virtuoso importante para a economia, que ajuda a garantir o "primeiro direito do cidadão, que é emprego". Segundo ele, uma das coisas mais desagradáveis que ele ouviu é que já há mais de 11 milhões de desempregados no País.
Temer disse que a representatividade do evento de hoje, com um número significativo de lideranças empresariais, faz com o governo se sinta mais responsável. "Ao falar muito obrigado, agora me sinto com mais obrigações", disse.
Ao reforçar que não atua como interino, Temer chegou a dizer que, "aconteça o que acontecer", não é figura do presidente da República que importa. E destacou que segue trabalhando pelo País.
Ele citou a proposta do teto dos gastos públicos e disse que era meta expandir para os Estados. "A União só é forte se forem fortes os Estados e municípios", disse. Ele citou ainda o empenho do Congresso na aprovação de matérias consideradas importantes pelo governo, como a meta fiscal, e disse que para ter governabilidade é fundamental, além do apoio dos parlamentares, a compreensão da população. "Nós não governamos para um setor e sim para todo o País", disse.
O presidente também comentou o aumento de 12,5% concedido aos beneficiários do Bolsa Família. "Temos extrema pobreza ainda. Por isso, demos a revalorização do Bolsa Família", afirmou.
Carta
Temer participou de cerimônia com representantes da Confederação das Associações Comerciais (CACB). O presidente a entidade, George Teixeira Pinheiro, entregará ao presidente interino uma carta com propostas para contribuir na atuação do governo, entre elas, a abertura d economia e incentivos às exportações, a simplificação do Supersimples, a regulamentação da terceirização e o pedido de um novo Refis.
"Reconhecemos todas as dificuldades para colocar o País nos trilhos e acreditamos que são necessárias medidas pontuais para que a economia retome o processo de crescimento", diz Pinheiro, na carta.
No documento, Pinheiro afirma ainda que é essencial uma agenda econômica e social que facilite a vida de "quem corre riscos para gerar investimentos e empregos". "O financiamento ao empreendedor é caríssimo e escasso", diz..