A Tabela Periódica identificou sobrepreço de R$ 208 milhões em trechos das obras. O esquema teria começado antes dos anos 2000 e atravessado ao menos três governos. Conforme o Ministério Público Federal, a partir de 2010, foram lançados dois editais de concorrência: um para a Norte-Sul (Trecho Ouro Verde, GO - Estrela do Oeste, SP) e outro para a Oeste-Leste (Trecho Ilhéus, BA - Barreiras, BA). Em ambos os casos, teria ocorrido ajuste anticompetitivo para inflar o preço das obras e serviços.
As informações que deram origem à operação foram fornecidas pela Camargo Corrêa em acordo de leniência firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). De acordo com o Ministério Público Federal, a partir dos dados apresentados, foi possível identificar que um grupo de 11 empreiteiras participou, efetivamente, do cartel em negócios feitos com a Valec a partir de 2010. Elas lideravam os consórcios de empresas que participaram das licitações.
A Delta integrava dois consórcios, embora não os tenha liderado. Os denunciantes do esquema pontuaram no acordo de leniência que, em função de sua participação, a empresa de Cavendish e outras integrantes são beneficiárias e possíveis envolvidas no esquema.
"Um dos objetivos da presente medida cautelar é localizar e apreender provas que reforcem os indícios dessa participação, bem como para delimitar a autoria delitiva.