Morato, de 47 anos, estava foragido e era procurado pela Polícia Federal na Operação Turbulência, que investiga esquema de lavagem de dinheiro envolvendo 18 contas bancárias de empresas usadas para pagamento de campanhas eleitorais do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) em 2010 e 2014. O esquema movimentou R$ 600 milhões, segundo as investigações.
Morato era dono da empresa que comprou o avião que transportava Campos quando caiu em Santos, no litoral paulista, matando o então candidato à Presidência da República, em 13 de agosto de 2014.
O exame das vísceras de Morato - cujo corpo permanece no Instituto Médico-Legal do Recife e ainda não foi reclamado pela família - apontou quadro de "intoxicação exógena por organofosforado".
Laudos
Os peritos ainda trabalham em oito laudos sobre o caso, que devem ser concluídos nos próximos dias para determinar o local exato do envenenamento e por que o empresário estava no motel. Segundo o governo de Pernambuco, administrado por Paulo Câmara (PSB), a Polícia Civil agora trabalha para descobrir se Morato foi envenenado ou se cometeu suicídio.
A Polícia Federal acompanha o caso. Morato era dono da Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem, empresa titular de contas nas quais foram depositados pela empreiteira OAS, segundo a PF, os R$ 18 milhões usados para pagar o Cessna Citation que caiu em Santos.
A Operação Turbulência, iniciada em janeiro, efetuou prisões e apreensões baseadas em levantamentos de informações e provas coletadas também na Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras. .