Escalonamento de salário de servidor de MG continua até outubro, diz governo

Novas datas foram repassadas a representantes dos sindicatos dos funcionários em reunião nesta manhã na Cidade Administrativa

Isabella Souto Juliana Cipriani
Magalhães e Bicalho se reuniram com representantes de 34 sindicatos representantes do funcionalismo - Foto: Isabella Souto / EM/D.A. Press
O escalonamento dos salários dos servidores públicos de Minas Gerais vai continuar pelo menos até a folha de setembro paga outubro. A informação foi dada a representantes dos sindicatos dos servidores estaduais em reunião na manhã desta sexta-feira com os secretários de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, e da Fazenda, José Afonso Bicalho. Também foi anunciado que, a partir de agosto, o pagamento da primeira parcela não será mais no 5º dia útil.

"Tivemos que alargar a escala em função do caixa, que cada vez mais esta comprimido", afirmou o secretário da fazenda, José Afonso Bicalho. Segundo ele, o grande problema é que os salários estão sendo pagos com a arrecadação do próprio mês, que chega ao caixa parceladamente

De acordo com o governo, os salários de 75% do funcionalismo serão pagos em valor único.

Calendário

Assim como vinha ocorrendo desde janeiro, receberão em parcela única os 474 mil servidores que ganham até R$ 3 mil líquidos. Os vencimentos de julho, agosto e setembro, pagos em agosto, setembro e outubro continuarão sendo parcelados em duas vezes, para aqueles que recebem entre R$ 3 mil e R$ 6 mil, e em três parcelas para quem ganha acima de R$ 6mil.

Segundo tabela divulgada pelo governo, o calendário repassado é o seguinte: o salário de julho será pago nos dias 10, 15 e 18 de agosto. O salário de agosto entrará nos dias 9, 14 e 19 de setembro. Já o de setembro será creditado nos dias 10, 14 e 18 de outubro.
A folha do estado realiza mensalmente 632.106 pagamentos.

Sem calamidade

A folha hoje está estimada hoje em R$ 2,5 bilhões por mês. Segundo o secretário da Fazenda, o governo de Minas não pretende declarar estado de calamidade financeira, já que o único benefício da medida seria não pagar as parcelas da dívida com a União. Elas já foram suspensas por seis meses, em acordo com o governo federal..