A ajuda para a vacina seria paga para que os parlamentares pudessem pagar pela proteção sem gastar dos R$ 25.322,25 de salário ou da verba indenizatória, que em maio subiu de R$ 20 mil para R$ 27 mil.
Críticas
Depois de o Estado de Minas mostrar que o Legislativo autorizou, por decisão da Mesa Diretora, o reembolso de até R$ 70 por dose de vacina, a medida foi bombardeada por críticas nas redes sociais.
Os deputados Anselmo José Domingos (PTC), 55 anos, Fabiano Tolentino (PPS), 42, e Thiago Cota (PMDB), 31 haviam requisitado a verba antes dessa divulgação. Com as críticas dos eleitores, no entanto, optaram por devolver.
O deputado Thiago Cota disse que os pedidos de reembolso ficam por conta da equipe de gabinete e que os recibos da vacina entraram no bolo. "Entrou no pacote de notas e quando percebemos o equívoco pedimos à Mesa para devolver", afirmou. Os outros dois deputados também foram procurados em seus gabinetes mas até o momento não retornaram a ligação.
De acordo com a Assembleia, 123 dos 3.802 servidores que também tinham direito ao ressarcimento usaram do benefício, gerando um custo de R$ 8.610 aos cofres públicos.
Pregão
O reembolso foi autorizado a deputados e servidores por decisão da Mesa Diretora da Assembleia, porque, neste ano, a Casa não conseguiu concluir a licitação lançada para adquirir as doses para a campanha anual realizada entre deputados e servidores.
O pregão da Assembleia pretendia adquirir lote da vacina antigripal com preço de R$ 42,75 por dose. De acordo com justificativa da Mesa, porém, só houve uma proposta de fornecimento ao custo de R$ 164,50, um valor 384,79% superior ao previsto no edital.