Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), esses elementos indicam que as relações de Funaro não se limitam ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas se espraiam "para diversos integrantes da organização criminosa". As informações constam da decisão na qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki fundamenta a prisão de Funaro.
Num dos papeis, intitulado "Eleição-2012", consta a inscrição "R$ 500.000", seguida do nome "Lúcio Funaro". Na mesma lista, há nomes de outros investigados: João Vaccari, Ricardo Pessoa e Júlio (que seria Julio Camargo), além de Atilano (pessoa ligada à empresa lesa, investigada por desvios na Petrobras) e Engevix (cujos executivos foram presos na Lava Jato).
Em outro documento, o nome de Funaro está associado a "R$ 100.000,00". "Como se nota, além da íntima relação com Eduardo Cunha, as recentes medidas revelaram que Funaro também possui relação (pelo menos) com Delcídio, preso recentemente por tentar embaraçar a investigação", sustenta a PGR..