Após ser avisado por Figueiredo que a sua sala e de outros dois diretores tinham sido lacradas, Soares reclama: "Pô, mas tem documentos meus na sala". O então presidente responde: "Não, mas se você precisar entrar lá depois, aí eu entro com você lá. Amanhã de manhã, tá?", afirmou em conversa no dia do afastamento de Soares pelo Conselho de Administração, em 14 de abril de 2016.
Soares é citado em três acordos de delação premiada feitos por ex-funcionários da Andrade Gutierrez como recebedor de propina entre a empresa e a Eletronuclear.
A Operação Pripyat, desdobramento da Lava Jato, prendeu na quarta-feira, 6, no Rio, dez pessoas acusadas de desviar recursos da obra da Usina Nuclear Angra 3, investimento de R$ 17 bilhões no litoral sul do Estado.
Entre os presos está o vice-almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, que já havia sido preso pela Lava Jato no ano passado e estava em prisão domiciliar desde dezembro.