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Estado de Minas

A jornal português, Dilma diz que até agora não foi convidada para abertura dos Jogos

"Vou avaliar as condições em que vou, não irei em condições que me diminuam", afirma a presidente afastada em entrevista, publicada neste sábado


postado em 10/07/2016 12:37 / atualizado em 10/07/2016 17:41

Em entrevista ao jornal português "Diário de Notícias", a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou que ainda não foi convidada para a abertura dos Jogos Olímpicos. "Eu ainda não recebi convite do Comitê Olímpico Internacional, nem tão pouco do brasileiro. Vou avaliar as condições em que vou, não irei em condições que me diminuam", afirma Dilma no texto, publicado neste sábado (9) pelo veículo. Ainda na mesma resposta, a petista afirma que, no entanto, seria justo que fosse convidada, uma vez que foi o seu governo que assegurou os recursos necessários, a segurança e a divulgação do evento, segundo ela. "Quando fui afastada, no dia 12 de maio, estava tudo sob controle", disse.

A abertura dos jogos será às 20h do dia 5 de agosto, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o presidente interino Michel Temer (PMDB) deverá estar na tribuna presidencial, com as autoridades do Comitê Internacional. Se comparecer, Dilma deverá ocupar a tribuna de honra. Esta será a maior exposição internacional de Temer e o primeiro evento público em que os dois deverão dividir o mesmo espaço após o afastamento da petista do governo federal.

Dilma já disse em outras ocasiões que também achava justo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fosse chamado.

No mês passado, o presidente do comitê organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, indicou que deveria se encontrar novamente com o peemedebista antes de decidir se convidará ou não Dilma para a cerimônia de abertura da competição, em agosto. A decisão cabe exclusivamente ao comitê organizador.

Ainda na entrevista ao jornal português, Dilma comentou sobre o pedido de renúncia da presidência da Câmara do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ao ser questionada se ela tinha consolo na atual situação de Cunha (fora de atuação após a renúncia e envolvido em várias denúncias de corrupção), a presidente afastada afirmou apenas que "Não é questão de vingança pessoal, é uma questão política. Esse senhor colocou o presidencialismo em risco ao promover o golpe."


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