Com vistas à eleição para a presidência da Câmara no ano que vem, para um mandato de dois anos, o PSDB não vai lançar candidatura para o "mandato tampão" do comando da Casa. A legenda está buscando se distanciar da disputa a fim de evitar o "acirramento dos ânimos". Segundo lideranças, o presidente Michel Temer também quer evitar se envolver no embate, mas ponderou aos líderes partidários que a disputa "não deve sair dos limites".
Imbassahy participou ontem da reunião de lideranças na casa de um dos favoritos para assumir o mandato "tampão" da presidência, o líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), que representa o Centrão (formado por 13 partidos). No encontro, que também contou com o líder do governo, André Moura (PSC-SE), do PTB, Jovair Arantes (GO), do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB), e o primeiro-secretário Beto Mansur (PRB-SP), os parlamentares definiram uma nova data para eleição.
Com o aval do Palácio do Planalto, o grupo fez um acordo com o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), e seu aliado, Rodrigo Maia (DEM-RJ), outro forte candidato na disputa, de que a eleição deve ocorrer na próxima quarta-feira, 13. Na semana passada, Maranhão marcou a sessão para as 16 horas de quinta-feira, um dia antes do recesso parlamentar. A previsão de início da sessão seria às 19 horas, porém alguns deputados defendem a antecipação do horário. A decisão precisa ser referendada na reunião de líderes da Mesa Diretora da Casa que acontece neste momento.
A bancada do PSDB ainda não quer definir quem terá o apoio do partido na eleição para a presidência da Casa porque acredita que o cenário ainda está muito incerto. Segundo os deputados, muitas candidaturas ainda devem surgir até amanhã. Hoje, Esperidião Amin (PP-SC) pediu uma reunião com os tucanos para mostrar a sua proposta como candidato, porém ele ainda não oficializou sua candidatura. Nesta segunda, sete parlamentares já haviam registrado candidatura, porém o número pode chegar até 16. Os tucanos avaliam que, no dia da votação, a quantia deve ser reduzida para cerca de dez candidatos, dependendo dos acordos feitos entre os partidos.