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Pressionado, PT já discute recuo no apoio a MaiaPlanalto deu aval para Maia negociar com o PTCandidato ao comando da Câmara, Rodrigo Maia é marcado pelo pragmatismoPMDB decide lançar candidatura à Presidência da CâmaraEleição para presidência da Câmara já tem 11 candidatos inscritosGoverno não vai interferir, mas ideal é diminuir número de candidatos, diz MouraPlanalto desiste de nome de consenso na CâmaraFoi tensa a reunião da bancada do PT, nesta segunda-feira, 11, para decidir o rumo do partido na sucessão de Cunha. De um lado, um grupo defendia o apoio a Maia - com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - e, de outro, uma ala pregava a adesão a Castro, que foi ministro da Saúde e votou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Havia, ainda, uma pequena ala que preferia a candidatura de Fernando Giacobo (PR-PR).
"Nitidamente, o apoio a Rodrigo Maia não é majoritário na bancada", resumiu o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA). O deputado Andres Sanchez (SP) saiu irritado da reunião, na sede do PT. "Falam aqui que não se pode apoiar candidato nem partido que ficou a favor do impeachment. Se for assim, não apoiamos ninguém. E, depois, quem abraçou Maluf pode tudo", afirmou ele, lembrando acordo fechado na eleição para a Prefeitura de São Paulo, em 2012, entre o então candidato do PT, Fernando Haddad, e o deputado Paulo Maluf (PP-SP), inimigo dos petistas.
O encontro durou quase cinco horas e, ao final, ninguém mais escondia o racha.
A ideia de endossar Maia, um entusiasta do impeachment, tinha o objetivo de quebrar a hegemonia do Centrão, bloco ligado a Cunha. A estratégia, porém, provocou forte reação de militantes do PT.
Composta por 58 deputados, a bancada vai agora procurar candidatos e partidos contrários ao que chama de "golpe", na tentativa de adotar posição comum na eleição que escolherá o presidente da Câmara, marcada para quarta-feira. O PC do B e o PDT, por exemplo, são dois partidos que se posicionaram contra o afastamento de Dilma. Apesar de divididas, porém, essas legendas se mostram hoje mais propensas a endossar Maia, em acordo que também passaria pelo PSDB do senador Aécio Neves (MG).
O PT vai propor, ainda, que a cassação de Cunha seja votada nesta semana, antes do recesso branco. "Se não for assim, a eleição será contaminada", disse o deputado Henrique Fontana (RS). .