"O governo não vai interferir para tirar candidatura nenhuma. Mas nós esperamos que os líderes dos partidos, as executivas nacionais dos partidos entendam que o ideal é que eles possam diminuir o máximo possível essas candidaturas. Nós já temos hoje 16 candidaturas colocadas, nove registradas e mais sete que temos conhecimento que irão registrar. Então, a gente torce para que os próprios partidos, as lideranças se entendam e diminuam esse número de candidatos", ressaltou André Moura nesta terça-feira.
O líder do governo integra o chamado centrão, composto também por PSD, PP, PR, PTB e partidos médios. Líderes dessas legendas apoiam a candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF), que também conta com o aval do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Palácio do Planalto.
A intenção do grupo, discutida em almoço realizado nesta segunda-feira, é de tentar, até o dia da votação, negociar a retirada de alguns dos nomes que sinalizaram entrar na disputa e, dessa forma, deixar o caminho livre para Rosso.
Ao longo desta terça, está prevista uma série de reuniões de bancadas dos principais partidos envolvidos nas negociações. Entre eles o PMDB e o PSDB, que devem definir quem irão apoiar em encontros agendados para hoje.
No caso dos tucanos, que têm a terceira maior bancada, com 51 deputados, a tendência é apoiar um nome que integre a chamada antiga oposição formada por DEM, PSB e PPS. Entre os mais cotados, está o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Dentro desse grupo da antiga oposição, há o sentimento de que o Planalto está em dívida com Maia, que foi preterido na disputa pela liderança do governo, pelo deputado André Moura.