São Paulo - A presidente afastada, Dilma Rousseff, afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, que espera que a influência do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre os demais parlamentares seja interrompida com a eleição de um novo presidente da Câmara.
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Dilma cria blog do Alvorada e lista ações dos 60 dias do governo TemerAcusação diz em alegação final que Dilma cometeu crime de responsabilidadeCCJ volta a discutir e votar parecer para anular cassação de CunhaCastro quer atrair insatisfeitos com Cunha e Temer'Tropa de choque' de Cunha impede avanço de sessão da CCJDisputa pela presidência da Câmara tem 17 candidatosAliados de Cunha mantêm obstrução em sessão da CCJ que analisa recursoA eleição à presidência da Câmara ocorre nesta quarta-feira, a partir de 16 horas. Até agora, 14 candidatos se inscreveram ao pleito. O PT e seus aliados acenam apoiar o ex-ministro da Saúde do governo Dilma Marcelo Castro (PMDB-PB), que votou contra o impeachment dela.
Até o início da semana, parlamentares petistas mantinham conversas com interlocutores de Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda que ele tenha sido um dos principais líderes do impedimento da presidente e conte com o suporte do PSDB. Já o chamado centrão, de aliados de Cunha, aposta na candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF).
"Para um eventual segundo turno, espero que vença o candidato que tenha mais idoneidade e espero também que seja alguém que não tenha votado pelo impeachment", afirmou Dilma.
'Injustiça'
Na entrevista, a presidente afastada voltou a dizer que é vítima de uma injustiça, mas que acredita na reversão do impeachment na votação do Senado. "Eu só serei carta fora do baralho em 1º de janeiro de 2019, quando termina o meu mandato", disse.
Dilma também fez críticas à gestão econômica do presidente em exercício, Michel Temer. "Algumas das medidas deste governo interino são mera continuidade do que estávamos fazendo. Outras, no entanto, ferem os direitos coletivos e individuais.
A presidente, no entanto, evitou fazer críticas pessoais a Temer. "Mas quando eu voltar à Presidência, eu não tenho vontade de vingança pessoal nem de retaliação. Eu simplesmente não pretendo encontrá-lo, porque não teria o que dialogar, o que trocar", disse Dilma, afirmando que não imaginava que Temer fosse passível de sofrer a influência do grupo político de Eduardo Cunha..