São Paulo, 13 - O presidente da República em exercício, Michel Temer, se reuniu nesta quarta-feira, 13, com a Federação Nacional dos Municípios (FNM) e anunciou a liberação de R$ 2,7 bilhões para as administrações locais. Em um breve discurso, ele disse que a situação da economia do País "talvez não permitisse que viéssemos a liberar o que hoje está sendo liberado, mas nossa convicção doutrinária, ideológica, vamos dizer assim, em relação à importância dos municípios nos leva a fazer essa liberação".
Temer voltou a afirmar que o Brasil precisa revisar o pacto federativo, até mesmo para que os prefeitos não tenham de ir a Brasília de tempos em tempos "com o pires na mão" pedir ajudar da União. "O que tem acontecido nos últimos anos é que se descentraliza competências, mas não a arrecadação", comentou.
Ele disse esperar que os prefeitos saiam da reunião desta quarta-feira felizes pelos recursos liberados, mas que também divulguem essa ideia de repactuação federativa. "Mas é lógico que existem municípios que, em função da sua pequena arrecadação, sempre dependerão do fundo de participação".
O presidente citou a recente renegociação das dívidas dos Estados com a União, resolvida após muitos anos de disputa. "A União será forte se os Estados forem fortes, e mais forte ainda se os municípios forem fortes", assegurou.
Segundo Temer, o governo "seguramente enfrenta dificuldades", mas hoje tem uma base de apoio no Congresso. "Estamos tomando o caminho correto e a economia está se recuperando, basta ler os jornais. Ontem eu li uma notícia que até me assustou, pelo lado positivo, dizendo que no ano que vem o crescimento será de 2%. Se isso acontecer, nós devemos ganhar aplauso nacional, porque é muito difícil", comentou..