Em uma reunião com o presidente em exercício, Michel Temer, e com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) pediram ajuda para as contas municipais. Segundo o vice-presidente da Confederação, Glademir Aroldi, caso a União não socorra os municípios, muitos prefeitos terminarão o ano com a ficha suja. "Se alguém virar ficha suja, o culpado é a União. Não dá para ficar dando golpe nos municípios como foi dado o ano passado (em referência à redução dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios)", disse após a reunião.
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Prefeituras de 14 cidades mineiras decretam estado de calamidade financeiraTemer: talvez economia não permitisse liberar R$ 2,7 bilhões a municípiosTemer diz estar avaliando se é possível atender demanda de municípios endividadosCandidatos a prefeito e vice fichas-sujas disputam voto do eleitor nas urnasLista de agentes públicos inelegíveis por contas reprovadas pelo TCU tem 461 nomes mineirosNa avaliação de Aroldi, a União só olha o que os municípios devem e não os créditos que têm. Outro pleito das prefeituras é sobre o reajuste dos programas criados pela União.
Os prefeitos questionaram ainda que o aumento do piso do salários do professores é pago apenas pelas prefeituras, sem auxílio da União. "Ninguém é contra remuneração de professor, não estamos contra, mas tem que entender que não dá para dar aumento do piso de 11,3%. A União que criou o piso, tem que participar do pagamento também", avaliou.
A União conta com os recursos da repatriação de recursos de brasileiros no exterior para ajudar as contas municipais, mas a ideia não tem agradado os prefeitos. "A repatriação é outra grande injustiça. A multa não será passada para os Estados e municípios, como propôs inicialmente o Congresso e foi vetado, só o imposto", disse. Após o veto, os parlamentares analisaram novamente a questão e concordaram com a presidente afastada Dilma Rousseff.