O novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terá de conciliar os interesses de três grandes grupos durante os seis meses e meio de mandato. Com projetos de poder distintos, o Centrão (PR, PSD, PP, PTB e outros partidos menores), o Centrinho (PSDB, DEM, PPS e PSB) e a nova oposição (PT, PCdoB, PDT, PSol e a Rede) serão as forças políticas do país até a próxima eleição, em 2018. Além desses blocos, o PMDB — que afirma ser independente — pretende atuar como o fiel da balança nos principais embates na Casa.
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Ao som de 'Fora, Cunha', Rodrigo Maia é eleito novo presidente da Câmara dos Deputados Temer parabeniza e deseja sucesso a Rodrigo Maia pela eleição para presidente da CâmaraRodrigo Maia diz que não vai definir prazo para votar cassação de Eduardo CunhaNovo presidente chora em discurso: "Temos de pacificar esse plenário"De SUS Animal a ar-condicionado em ônibus: veja 10 projetos de Rodrigo MaiaOs nove superpoderes do presidente da Câmara dos DeputadosPlanalto confirma encontro entre Temer e Rodrigo Maia às 12h desta quinta'Sem a esquerda não venceríamos essa eleição', diz MaiaTemer e Maia devem se encontrar nesta quinta-feiraAntiga oposição durante o governo petista, o Centrinho tem 117 deputados e se uniu à gestão de Michel Temer para conseguir aprovar o processo de impeachment da presidente da República afastada, Dilma Rousseff. Na opinião do cientista político Carlos Melo, professor da escola de negócios Insper, o grupo liderado pelo PSDB tenta se diferenciar do Centrão ao estabelecer uma relação de apoio crítico ao Executivo. “Não ficou claro se eles terão sucesso com esse estilo de atuação, mas o que é claro é que eles têm um projeto político próprio”, destacou Melo.
Esquerda frágil
Além dos grupos que sustentam o governo Michel Temer, a oposição — capitaneada pelo PT — tem cinco partidos e 97 deputados.
O analista político do Diap também ressaltou que, em meio aos interesses distintos dos três grupos políticos que se formaram na Câmara, o PMDB, partido do presidente da República interino com 66 parlamentares, será o fiel da balança nas principais discussões da Casa. Queiroz explicou que a agremiação possui diversos grupos ligados ao agronegócio e a setores econômicos que possuem pautas no parlamento. “O PMDB prega independência e será relevante para que o governo aprove os projetos do seu interesse”, afirmou.
Para Queiroz, a tendência é que o Centrinho ganhe espaço na condução dos assuntos de interesse do governo já que a pauta será dominada por assuntos econômicos e de reformas para equilibrar as contas públicas. Já o Centrão precisará de um líder para aglutinar os interesses fisiológicos do grupo. “Por fim, a oposição terá de se reinventar depois de todo o desgaste político”, comentou..