A Comissão de Constituição e Justiça rejeitou nesta quinta-feira, por 48 a 12, o recurso do presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), para anular relatório do Conselho de Ética que recomenda a cassação do seu mandado. Agora, a votação do pedido de cassação no plenário da Câmara do Deputados deve ocorrer só em agosto, depois do recesso parlamentar. Antes da votação de hoje, Cunha disse que, caso perdesse, iria recorrer à Justiça.
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Rejeição de recurso pode causar arrependimento no futuro, diz CunhaCunha diz que processo contra ele está contaminado por 'má-fé e inimizades'Fantasma de Cunha domina campanha pela presidência da CâmaraRodrigo Maia diz que não vai definir prazo para votar cassação de Eduardo CunhaCom recesso, pedido de cassação de Cunha e impeachment ficam para agostoAntes da votação, Cunha apelou ao deputados da CCJ para que analisassem o parecer do deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) ‘juridicamente’ e deixassem o julgamento político para o plenário principal da Casa. Para Cunha, “há nulidades violentas” no processo que recomenda a cassação do seu mandato.
Ameaça
Cunha também disse nesta quinta-feira que não fez "ameças a quem quer que seja'. Na reunião da terça-feira (12), em defesa apresentada à CCJ, Cunha decidiu recorrer "à consciência dos colegas".
Parecer
O deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) acolheu no dia 6 de julho passado recurso do presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), pedindo anulação da decisão do Conselho de Ética que recomendou a cassação do mandato do peemedebista. Fonseca considerou que houve violações do processo conduzido pelo Conselho de Ética.
Plenário
Depois da fase de recurso, a decisão final sobre a cassação de Eduardo Cunha ficará a cargo do plenário da Câmara. Diante da possibilidade de a Câmara paralisar os trabalhos por conta do “recesso branco” neste mês, a definição sobre o caso pode ficar só para agosto.
Novela
O processo de Cunha no Conselho de Ética é considerado o mais longo no colegiado e foi marcado por inúmeras manobras do próprio Cunha e aliados.