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Temer e Maia falam em pacificação entre poderesSerra: fiquei muito feliz com eleição de Rodrigo Maia na CâmaraCaso Cunha será colocado em pauta se houver quórum elevado após recesso, diz MaiaTemer parabeniza Maia e comemora perspectiva de boa relação com LegislativoPT perde tempo de propaganda na televisão por defesa de LulaMaia almoça com Alckmin em 'agradecimento' ao apoio na votação na CâmaraPresidente da Câmara reduz prorrogação de CPI que investiga o CarfNovo presidente da Câmara terá de colocar em pauta propostas polêmicaMaia repete antecessores e revela nova 'dinastia'O primeiro capítulo da narrativa ocorreu no apartamento de Maia no Rio, poucos dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) afastar Cunha do comando da Câmara, em maio. Os deputados paulistas Carlos Sampaio (PSDB) e Orlando Silva (PCdoB) estavam na cidade e decidiram se encontrar com o democrata. A conversa convergiu para a formação de um "conceito": o que dividia a Câmara não era a esquerda nem a direita, mas Cunha.
Orlando avaliou que os métodos do peemedebista atingiam todos os partidos e que era preciso unir a oposição de ontem com a de hoje. Ao apresentar possíveis nomes, Sampaio e Orlando concluíram que Maia seria a melhor opção. Além de fugir da polarização PT-PSDB, o deputado do DEM, que está no quinto mandato, sempre teve bom trânsito com a esquerda.
As tarefas foram divididas. Orlando acionou o então presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que fechou com a tese. Coube a ele "provocar" Lula.
Lula apresentou a proposta em um almoço a deputados da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB). A ideia, porém, encontrou resistência entre os parlamentares.
Articulação
Em outra frente, Aécio encampou a ideia e passou atuar para unificar a antiga oposição - PSDB, DEM, PPS e PSB. O primeiro movimento do tucano foi abortar candidaturas na bancada. A essa altura despontava o nome do líder Antônio Imbassahy (BA), que desistiu prontamente.
Aos deputados, o presidente do PSDB afirmou: "A nossa única chance é manter a antiga oposição unida. Isso nos coloca no jogo". Pelo acordo, o bloco com 117 deputados apoiaria um tucano em fevereiro de 2017, quando haverá eleição da Mesa.
Aécio então promoveu um jantar com líderes tucanos em Brasília no domingo passado, em Brasília. Em seguida, se encontrou com o presidente em exercício Michel Temer acompanhado de Imbassahy.
Temer argumentou que "seria melhor" não haver confronto na base. "Vamos unificar toda a antiga oposição", disse Aécio. Ele, então, acionou o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e pediu ajuda para unificar o PSB.
Surgiu um imprevisto. A aproximação entre Maia e o PT foi vazada pelo jornal O Estado de S. Paulo. O PT, então, aderiu à candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI), ex-ministro de Dilma Rousseff e contrário ao impeachment. Para esvaziá-la, o PCdoB lançou Orlando, enquanto o Planalto agiu para desidratá-la. Castro ficou em terceiro lugar, com 70 votos.
Sem o peemedebista no segundo turno, parte do PT votou em Maia.