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Estado de Minas

Indecisão pauta disputa eleitoral em Montes Claros


postado em 18/07/2016 06:00 / atualizado em 18/07/2016 13:32

Prisão do atual prefeito, em abril, atrasou alianças e deixou cenário incerto em Montes Claros, no Norte de Minas(foto: Mauro Miranda Filho/Divulgação)
Prisão do atual prefeito, em abril, atrasou alianças e deixou cenário incerto em Montes Claros, no Norte de Minas (foto: Mauro Miranda Filho/Divulgação)

Indefinição à espera de articulações. Este é o panorama da pré-campanha para a sucessão municipal em Montes Claros, no Norte de Minas, de 394 mil habitantes. Já anunciaram que vão entrar na disputa antigos nomes conhecidos da política local, como o ex-deputado federal Humberto Souto (PPS), os ex-prefeitos Athos Avelino (Rede) e Jairo Ataíde (DEM). O deputado estadual Gil Pereira (PP) também ensaia candidatura. No entanto, os eleitores ainda não sabem quantos nomes vão aparecer na urna eletrônica em 5 de outubro. Isso por causa da situação do prefeito afastado da cidade, Ruy Muniz (PSB), que cumpre prisão domiciliar, acusado de prejudicar hospitais públicos da cidade para favorecer um hospital ligado à rede educacional da família dele. Ainda não se sabe ele vai concorrer novamente.


Até o primeiro trimestre, Ruy Muniz (PSB) preparava sua campanha pela reeleição. Até então, o único que se apresentava publicamente para concorrer contra ele era o ex-deputado Humberto Souto (PPS), com duras críticas ao prefeito em programas de rádio. Mas, em 18 de abril, Ruy Muniz foi preso preventivamente pela Polícia Federal, pela suspeita de prejudicar os hospitais da cidade credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para beneficiar o Hospital Mário Ribeiro. A Justiça também determinou o afastamento dele da chefia do Executivo, assumida pelo vice-prefeito José Vicente Medeiros (PMDB).

Desde 21 de maio, o prefeito afastado cumpre prisão domiciliar. A defesa de Muniz, que nega todas as acusações, entrou com um agravo regimental para tentar a liberação dele. Mas o julgamento do recurso já foi adiado duas vezes. O próximo está marcado para 27 de julho. O prazo para as convenções partidárias vai até 5 de agosto e o registro de candidatura pode ser feito até 15 de agosto.


MOBILIZAÇÃO
A indefinição sobre o futuro do prefeito afastado tem atrasado articulações no bloco dos partidos do chamado “campo Ruy”, formado pelas siglas que ocupam ou ocuparam cargos na atual administração municipal, entre as quais PSB, PMDB, PTB, DEM, PDT e PSD. Ao mesmo tempo que aguardam uma definição sobre situação do prefeito afastado, esses partidos iniciaram mobilização para ver qual será o plano B em caso de Ruy Muniz não esteja no páreo. Neste caso, poderá haver uma disputa entre os aliados de Muniz pelo capital eleitoral dele.

O deputado Tadeu Martins Leite, presidente do diretório local do PMDB, salienta que a “tendência natural” do PMDB seria manter a aliança com Ruy Muniz. Porém, se o prefeito afastado não disputar, o partido deverá ter um representante na corrida à prefeitura. “Se ele não concorrer, nosso partido deverá ter candidatura própria”, diz Martins.


DEFINIDO
O ex-prefeito e ex-deputado federal Jairo Ataíde (DEM) lidera na cidade o DEM e também o PSDB, que ocuparam cargos de destaque no governo de Ruy Muniz. Ataíde anunciou que vai disputar novamente a prefeitura e que a candidatura dele não tem nenhuma relação com situação de Ruy Muniz. “Serei candidato de qualquer jeito, em qualquer circunstância, com Ruy ou sem Ruy.” O deputado Gil Pereira (PP) anunciou na semana passada que é pré-candidato a prefeito. “Coloco o meu nome a disposição, atendendo ao desejo dos meus amigos.” Gil Pereira argumenta que sua intenção é ser “um candidato de consenso”, que tenha o apoio de lideranças e partidos da situação e da oposição.


Em 2012, o ex-deputado federal e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Humberto Souto (PPS) teve uma espécie de “candidatura tampão” a prefeitura de Montes Claros, entrando na disputa faltando 24 dias para a eleição, em substituição a Athos Avelino (barrado pela Lei das Ficha Limpa), e teve votação surpreendente, ficando em terceiro lugar. Passada o o segundo turno de 2012, no qual foi eleito Ruy Muniz (PSB), Souto manteve-se o seu nome em evidência na oposição,mantendo contato com eleitores e fazendo críticas a administração municipal.

Desta forma, passou a ser visto como principal opositor de Ruy Muniz. Em campanha como pré-candidato a prefeito, o representante do PPS disse que mantém o seu trabalho direto com lideranças e com o eleitorado e que não está preocupado se o prefeito afastado será candidato ou não. “Não me importa se ele (Ruy Muniz) vai ser candidato ou não e se vai poder disputar a eleição. Não me preocupo com os adversários. O meu trabalho é direto com o eleitor”, afirmou Souto. “Estou muito bem nas pesquisas e não vejo nenhuma perspectiva de fato novo que vai alterar esse quadro”, completou.

Ele disse que mantém contato com lideranças partidárias, mas que ainda não tomou nenhuma decisão sobre a escolha do seu companheiro de chapa. ‘Estamos conversando com os partidos. Vamos decidir sobre isso na hora certa”, declarou.

O ex-prefeito Athos Avelino (Rede), que chegou a iniciar conversas com Humberto Souto, em um possível entendimento para ser o candidato a vice do concorrente do PPS, anunciou que decidiu ser candidato a sucessao municipal. Segundo ele, a decisão atende a uma orientação da direção da Rede e da sua principal liderança nacional, a ex-ministra Marina Silva, para que a legenda lance candidaturas próprias nas cidades com mais de 200 mil habitantes onde esteja organizada.

Em 2012, Avelino chegou a se lançar na disputa municipal, mas foi barrado pela Lei da Ficha Limpa, devido a condenação devido a uma denuncia de crime eleitoral na campanha de 2008, quando estava no comando da prefeitura e não conseguiu se reeleger. Agora, ele anuncia que não tem mais nenhum impedimento. “Peguei todas as certidões negativas da Justiça Eleitoral”, sustenta Avelino, lembrando que na convenção da Rede também deverá ser apresentado o nome do empresário Silvano Tolentino como pré-candidato a prefeito.

O ex-prefeito revelou que, no inicio da semana passada, teve uma reunião com lideranças locais do PT e ficou decidido que o Partido dos Trabalhadores vai indicar o nome do seu companheiro de chapa. A proposta foi confirmada pelo presidente do diretório do PT em Montes Claros, Paulo Rogério. Por outro lado,o deputado estadual Paulo Guedes, que chegou ao segundo turno em 2012, ainda não definiu se entrará na disputa novamente.A tendência é que o indicado do PT para a composição com Avelino seja Sued Botelho, que foi vice-prefeito de Avelino na gestão da prefeitura 2005/2008. A dupla também concorreu na eleiçao de 2008


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