O juiz federal Sergio Moro homologou nesta terça-feira pedido da defesa do empresário Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava-Jato, para desistir da oitiva de 15 testemunhas de defesa, entre as quais a presidenta afastada Dilma Rousseff e os ex-ministros Antônio Palocci, Guido Mantega e Edinho Silva.
Ao solicitar a desistência, a defesa de Marcelo Odebrecht alegou que a iniciativa deve-se a “motivo que se encontra sob sigilo. Em manifestação enviada hoje a Moro, a força-tarefa de procuradores da Lava-Jato concordou com a renúncia das testemunhas, mas informou que desconhece as razões pelas quais os advogados usaram o termo sob sigilo.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal à Justiça em Curitiba, Marcelo Odebrecht está envolvido diretamente no esquema de pagamento de propina aos ex-dirigentes da Petrobras. Ele orientava as atividades dos demais acusados ligados à empreiteira, segundo a acusação.
Para abrir a ação penal, o juiz considerou significativos os documentos da Suíça, apresentados pela acusação, que demonstram a movimentação de contas da Odebrecht para ex-dirigentes da petroleira.
Em março, Moro condenou Marcelo Odebrecht a 19 anos e quatro meses de prisão por crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Na ocasião, a defesa do empreiteiro afirmou que a sentença é injusta e que vai recorrer para provar a inocência dele.
Com Agência Brasil