São Paulo - O Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba pediu ao juiz federal Sérgio Moro a condenação do pecuarista José Carlos Bumlai por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e corrupção na ação sobre o empréstimo de R$ 12 milhões concedido pelo Banco Schahin, em 2004 - o valor foi repassado ao PT. Os procuradores solicitaram a condenação de mais oito investigados na Operação Passe Livre, desdobramento da Lava-Jato, e cobraram solidariamente a devolução de R$ 53,5 milhões aos cofres públicos.
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Bumlai faz depoimento secreto à Lava-Jato sobre Instituto LulaJacó Bittar procurou Bumlai por negócio no Guarujá, aponta investigaçãoBumlai e Delúbio Soares ficam frente a frente na Lava-JatoBumlai diz em delação que empréstimo foi 'totalmente assumido' pelo PTOs procuradores pediram atenuante a Bumlai, por ter mais de 70 anos de idade e por ter confessado os crimes. Em dezembro do ano passado, ele, que é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o valor do empréstimo foi repassado ao PT. Na ocasião, Bumlai apontou os nomes de dois ex-tesoureiros do partido, Delúbio Soares e Vaccari, como envolvidos no negócio. Em troca, o Grupo Schahin teria sido contemplado com um contrato de US$ 1,6 bilhão para operar um navio-sonda.
"A conduta social de Bumlai deve ser valorada de forma extremamente negativa, dado que para a consecução das ilicitudes por ele perpetradas valia-se do nome do então presidente da República", afirmam os procuradores no pedido.
Bumlai foi preso preventivamente em 24 de novembro do ano passado. Após descobrir um câncer, recebeu autorização para se tratar em um hospital. A força-tarefa requereu a Moro que seja mantida a prisão, "determinando-se seu imediato recolhimento em estabelecimento prisional, uma vez concluído o tratamento médico".
Defesas
A advogada de Bumlai, Daniella Meggiolaro, disse que vai sustentar a versão de que ele não cometeu nenhum crime.
Luiz Flávio Borges D’Urso, advogado de Vaccari, informou que a defesa vai "reagir", "demonstrando que não procedem as acusações". As defesas de Zelada e Baiano não atenderam e os demais advogados não foram localizados. .