São Paulo - A defesa do ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento/Governo Lula) entregou petição à Polícia Federal em São Paulo em que solicita a realização de uma perícia contábil alcançando inclusive suas próprias contas bancárias. "A perícia vai provar que o ministro Paulo Bernardo não recebeu propinas", declarou a advogada Verônica Abdalla Sterman, que integra o núcleo de defesa do ex-ministro.
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Nesta terça-feira, 19, o ex-ministro fez um depoimento de cerca de quatro horas na PF em São Paulo. Ele estava acompanhado de seus advogados Verônica Sterman e Rodrigo Mudrovitsch. O ex-ministro respondeu a todas as perguntas da PF.
A defesa nega que Bernardo tenha recebido valores do esquema Consist, via advogado Guilherme Gonçalves, de Curitiba, também investigado na Custo Brasil.
Ao final da audiência, os advogados protocolaram a petição por uma perícia contábil. "O dr. Paulo Bernardo nega categoricamente o recebimento de R$ 7 milhões em propinas. Por isso, a perícia contábil é muito importante.
Verônica Sterman disse que Paulo Bernardo não pode afirmar que o advogado Guilherme Gonçalves usou seu nome para "explorar prestígio". "Mas o ministro pode afirmar que não sabia desse contrato entre a Consist e o escritório Guilherme Gonçalves. Não tinha conhecimento. Quanto a repasses a negativa é categórica."
"A perícia é muito importante e decisiva porque não vão encontrar dinheiro nas contas dele (Paulo Bernardo)", afirma a advogada. "A perícia é a prova documental a ser realizada para aferir qual a destinação desse recurso. A perícia tem que ser feita. Ela é muito necessária.