Jornal Estado de Minas

'Ou se converte ou morre' diz pastor em mensagem a Jean Wyllys


O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) foi vítima de uma espécie de “pegadinha” feita por um bispo da comunidade evangélica bíblica da Graça. Em um voo, o bispo Marcos Klain se passou por um admirador do parlamentar para poder tirar foto com ele. No entanto, em sua página no Facebook, Klain admitiu que era uma artimanha para “profetizar”. “Acho que ele pensou que meu sorriso era pela foto conseguida...Mas ele não sabe que eu só queria colocar minhas mãos sobre ele para profetizar... 'ou se converte ou morre'. O Brasil é de Jesus!!!”, afirmou o bispo na postagem.

Já Wyllys em seu perfil afirmou que a postura do pastor não condiz com a de um cristão. "Os verdadeiros cristãos não pensam assim como esse bispo, que fez uma ameaça postando o próprio rosto e agora vamos entregar o print à Polícia Federal", afirma o texto. Contudo, o parlamentar disse que levará os prints das postagens à Polícia Federal (PF).

A repercussão da ação de mau gosto logo ganhou as redes sociais o religioso apagou, não só o post, mas o perfil que mantinha na rede social.
A situação ocorreu durante voo entre o Rio de Janeiro e Londres. O parlamentar está em missão oficial em Londres a convite da Kings College London e, segundo sua assessoria, é sempre solicito ao ser abordado em locais públicos "porque 99% das vezes são pessoas honestas e que realmente gostam dele e querem ter uma lembrança do encontro", diz o texto.

Para Jean o comportamento reforça esteriótipos e contribui para o preconceito. “"Vejam a quantidade de assassinatos de pessoas LGBT que houve no último mês. É uma situação muito grave, e esses fundamentalistas religiosos que pregam o ódio contra a comunidade LGBT também são responsáveis por esses crimes".

Estimativa feita pelo Grupo Gay da Bahia mostra que a cada 28 horas um homossexual seja assassinado no país. No ano passado, foram 318 mortes no território nacional, segundo o GGB, das quais 26 em Minas Gerais.
Este ano, o número de assassinatos no país já chega a 150. A média anual de homicídios entre 2008 e 2015 é de 275,6. (Com agência). .