A figura do vice recentemente ganhou outra importância com a ascensão de Michel Temer (PMDB) à Presidência da República, diante da instauração de um processo de impeachment da agora presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Mesmo assim, em um cenário com dezenas de pré-candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte já definidos, a corrida atrás do principal companheiro de chapa está nebulosa. Todos querem ser prefeitos, mas pouquíssimos se dizem dispostos a abrir mão de ser cabeça de chapa. Na ausência de opções, os pré-candidatos “disputam a tapa” os poucos nomes disponíveis na reta final para registro das chapas. O prazo máximo é 15 de agosto.
Leia Mais
Caixa diz que continua na disputa pela prefeitura de BHMarina Silva vem a BH participar do lançamento da candidatura de Paulo Lamac à prefeituraPartidos dão a largada para definir nomes para disputar prefeitura de BHPPS decide no domingo se dará vice a João Leite na disputa à Prefeitura de BH Délio ameaça renunciar ao cargo de vice-prefeito de BH se PSD de Kassab apoiar Brant"Vamos pedir perdão ao povo de BH", diz Reginaldo Lopes, candidato à PBHMalheiros também procura um vice para sua chapa e diz estar em conversas avançadas com o PPS, que seria a aliança dos sonhos. Ele também se articula com PTB, PV, PP e DEM. “Tive uma conversa muito promissora com o PPS e remarcamos para quarta que vem. Estou esperançoso de essa dupla acontecer”, afirmou. Os nomes no páreo são o vereador Ronaldo Gontijo e a ex-deputada Luzia Ferreira.
Ocorre que o PPS também está na mira do PSDB, que quer ter algum desses nomes como vice do deputado João Leite, pré-candidato a prefeito.
ASSÉDIO Outra que diz que não será candidata a vice em hipótese alguma é a pré-candidata do PCdoB à prefeitura, deputada federal Jô Moraes. A parlamentar reclama do assédio dos concorrentes querendo que ela vá engrossar suas chapas na disputa. Entre os que a desejam está o deputado federal Reginaldo Lopes, pré-candidato do PT. Diante das negativas do nome que seria o ideal para ele, o petista sondou um nome da própria legenda, o da ex-vereadora Neila Batista.
Reginaldo Lopes diz que a única decisão por enquanto é que sua vice será uma mulher. “Todo o governo será de 50% homem e 50% mulher. O que posso dizer é que vamos compor com uma companheira.
Entre os partidos menores, alguns acreditam em alianças, especialmente entre os deputados federal Eros Biondini (Pros) e estadual Sargento Rodrigues (PDT). Os dois participaram do lançamento da pré-candidatura um do outro e se mostram afinados. Porém, nenhum deles admite que ser vice. “Se eu e Eros nos uníssemos, com certeza era garantia de ir para o segundo turno, mas além dele estou conversando com outros pré-candidatos e partidos”. Entre as outras opções, Rodrigues também está de olho no PPS. Biondini também diz que seria um prazer ter Sargento Rodrigues compondo sua chapa, mas acredita que os dois sairão como cabeça de chapa e estarão juntos no segundo turno. “Vamos dialogar com praticamente todos os outros pré-candidatos na expectativa de um avanço. Estive com o deputado Paulo Lamac (Rede) e foi muito positivo.
Lamac, porém, também não quer ser vice de ninguém. “Pessoalmente, não tenho nenhum tipo de vaidade, mas temos um projeto nacional, estamos apresentando um partido que tem uma proposta nacional, então para a Rede neste momento é estratégico lançar essa candidatura”, disse. O deputado também disse estar conversando com partidos e pré-candidatos e espera uma decisão mais para o fim do prazo. “Prefiro não explicitar quem são por causa das indefinições e para preservar os interlocutores”, disse.
PESSOA DE BEM O único que disse não estar ligado em questões partidárias é o ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil (PHS). “Vamos procurar uma pessoa de bem, moderna, de acordo com nossa chapa. Não queremos qualquer vice e não estamos preocupados com partido”, disse. Kalil também não aceitaria ser vice na chapa alheia. “Como ser vice se estou em segundo lugar nas pesquisas?”, questiona.
Fora desses nomes, também do meio esportivo, o deputado estadual Caixa se coloca como pré-candidato a prefeito pelo PV, mas enfrenta pendência judicial. Ele narrou jogos do Atlético depois do prazo vedado pela Justiça Eleitoral e, por isso, pode ser impedido de disputar. Caso consiga o aval para concorrer, admite a possibilidade de ser vice em uma..