Rio, 25 - Depois de recusar o primeiro convite, a deputada estadual Cidinha Campos (PDT) aceitou nesta segunda-feira, 25, ser candidata a vice-prefeita na chapa do deputado federal Pedro Paulo (PMDB), apoiado pelo prefeito Eduardo Paes. A expectativa dos aliados de Pedro Paulo é que a presença de Cidinha diminua a rejeição do eleitorado feminino. No fim do ano passado, a candidatura de Pedro Paulo sofreu um abalo quando vieram a público duas denúncias de agressão feitas pela ex-mulher do candidato, Alexandra Marcondes.
Pedro Paulo responde a um processo por lesão corporal no Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal recomendou o arquivamento do caso, por falta de provas, mas a Procuradoria Geral da República (PGR) manteve a investigação. Pedro Paulo tem dito que é o maior interessado em esclarecer os episódios.
Na convenção do PMDB, semana passada, Pedro Paulo, ex-secretário de Coordenação de Governo do município, foi apresentado por Paes como um "super marido, super filho, super irmão, super amigo, super ser humano".
Nas primeiras sondagens do PDT, tanto Cidinha quanto a deputada Marta Rocha recusaram a ideia de serem vice de Pedro Paulo. A opção dos pedetistas passou a ser o deputado e ex-jogador de futebol Bebeto. Embora tenham dito que a escolha cabia exclusivamente ao PDT, os peemedebistas comemoram a presença de uma mulher na chapa. O PDT aprovou o nome de Cidinha em convenção municipal realizada na noite desta segunda-feira.
Aos 73 anos, Cidinha está no sétimo mandato, dois deles como deputada federal. Radialista por mais de 20 anos, foi levada para a política pelo líder trabalhista Leonel Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro. O estilo combativo, com discursos contundentes e denúncias de casos de corrupção e de ações do crime organizado, tornou-se a marca registrada da parlamentar. Foi secretária de Proteção e Defesa do Consumidor na gestão do peemedebista Sérgio Cabral.