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Por que o eleitor de Belo Horizonte deve votar no senhor?
Porque nós vamos representar o novo. Eu acho que chegou a hora de o belo-horizontino fazer parte de todo o processo. É uma cidade extremamente plural, uma cidade que acolhe todos, uma capital de todos os mineiros. Para responder à origem da criação da nova capital é preciso uma nova gestão, que coloque em primeiro lugar a radicalização da participação popular. Nos últimos anos, a participação popular é um produto de marketing, falam que estão fazendo para fazer propaganda, ela não ocorre na prática.
Qual o principal problema de Belo Horizonte hoje? Como o senhor vai resolvê-lo?
Eu diria que tem vários problemas, grandes desafios. Mas eu acredito – como o eixo programático do nosso governo é o direito à cidade – que você não tem direito à cidade se tem um transporte sem qualidade. Portanto, buscar construir um modelo de mobilidade urbana é fundamental, porque você garante o direito à cidade. Nós vamos trazer uma política metropolitana integrada para o transporte público e vamos debater a criação do bilhete único. É impossível melhorar o transporte se não ampliar o modal mais importante, que é o metrô. Portanto, nós queremos repensar o metrô.
O senhor pertence a um partido que está no centro da crise política nacional e de denúncias de corrupção. Até que ponto a filiação ao PT pode repercutir na candidatura do senhor?
Essa será uma grande oportunidade, pois nós queremos fazer um debate sobre a corrupção. Em primeiro lugar, vamos reafirmar que somos do PT, mas também, com muita humildade, reconhecer que nós erramos e pedir desculpas para o povo de Belo Horizonte. Uma das origens dos nossos erros é a falência do modelo político e eleitoral brasileiro. Não vamos aceitar uma acusação moralista sobre corrupção de partidos que estão envolvidos, porque a essência é o modelo político. É lógico que uns se utilizaram para fazer campanha, outros para se enriquecer pessoalmente. Eu tenho quatro mandatos (de deputado federal) e não tenho nenhuma acusação ou escândalo. Mas queremos assumir o erro para mostrar que vamos fazer uma campanha sem gastança.
Que erros são esses que o senhor diz que o PT cometeu? Caixa 2 nas campanhas?
É o modelo de campanhas muito caras, marqueteiros muito caros, esse modelo político-eleitoral de que o PT participou, que não é ilegal, que é legal, e que não foi o PT que criou. Foram as elites que criaram. O PT nasceu para contrapor, mas aderiu a esse modelo que prioriza não a política, mas os burocratas, quem tem o poder econômico e que acaba dominando os partidos políticos. O PT tem que largar a burocracia, priorizar a política.
Em um eventual segundo turno, o senhor vai buscar o apoio do PSB e do prefeito Marcio Lacerda caso o candidato dele não esteja na disputa?
Não estamos preocupados com apoios meramente pragmáticos. Vamos estabelecer acordos programáticos. A campanha do Executivo é a única possibilidade de o cidadão dialogar diretamente com o candidato. Na nossa concepção de cidade, queremos de fato estabelecer um diálogo direto com o belo-horizontino. Evidentemente que com aquele que não for para o segundo turno estabeleceremos um diálogo programático.
O PSB está dentro deste leque de linha programática?
O governo do Marcio deve à cidade, em especial um pouco pelo desmonte das políticas sociais. E o governo impediu muito a participação popular verdadeira, para além do marketing. Por isso, sendo essa a compreensão do PSB, é lógico que apoio nós queremos. Mas dentro da carta programática. Não vamos, em hipótese alguma, alterar nosso programa em busca de aliados.
Qual vai ser a participação do governador Fernando Pimentel na campanha do senhor?
Pelas suas obrigações como governador e também respeitando a sua base, que tem vários candidatos, a melhor contribuição é a amizade que estabeleço com ele. E também a oportunidade de trocar ideias sobre Belo Horizonte, tendo a gestão dele como das melhores da cidade. Com ele, quero pensar novas respostas para os problemas que não foram superados até hoje. É sempre uma alegria ter o Fernando ao lado (em eventos), mas isso cabe a ele decidir.