São Paulo - O presidente afastado da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, disse nessa quinta-feira, 28, ter sido pressionado pelo ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Edinho Silva para fazer repasses à campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014. O depoimento foi dado à força-tarefa da Operação Lava-Jato após o executivo ter fechado acordo de delação. Ele cita quatro encontros ocorridos durante o período eleitoral com o titular da pasta e o assessor especial de Dilma Giles Azevedo.
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Edinho Silva vai disputar prefeitura de AraraquaraEdinho Silva cobrava propina para o PT mediante ameaça, diz JanotSTF envia pedido de investigação contra Edinho para primeira instância do DFEdinho Silva anuncia demissão da Comunicação Social e diz que luta será 'longa'Em 2014, a Andrade Gutierrez doou R$ 21 milhões para a campanha de Dilma e R$ 20 milhões para a campanha de Aécio Neves.
Edinho é investigado pela 13ª Vara Federal de Curitiba com base em delações premiadas que afirmam que ele pediu R$ 20 milhões para a campanha de Dilma, em 2014, mediante pressão. O ex-ministro, então tesoureiro da campanha, teria dito a doadores que qualquer repasse "se pagaria".
Procurado na noite dessa quinta-feira (28), ele não foi localizado. Edinho tem negado a prática de qualquer irregularidade e diz sempre agir "de maneira ética". A defesa de Giles também não foi localizada. Em ocasiões anteriores, Berzoini negou ter pedido repasses de propina à Andrade Gutierrez.