Aos 39 anos, separado, pai de uma menina de 9 anos e novato na política, o deputado federal Rodrigo Pacheco, que exerce seu primeiro cargo eletivo, já sonha alto. Quer governar uma das maiores capitais do Brasil e recuperar a crença da população na política e nos políticos. Para ele, esse é o principal desafio de quem pretende hoje exercer um cargo eletivo, principalmente no executivo. O deputado – sexto entrevistado pelo Estado de Minas na série feita com candidatos a prefeito de Belo Horizonte – aposta que com cerca de 250 mil votos pode garantir sua ida para o segundo turno, já que a disputa promete ser pulverizada, com candidatos diversos e de partidos teoricamente fortes.
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"Só desisto por força divina", diz deputado Sargento Rodrigues, candidato à PBH"Vamos pedir perdão ao povo de BH", diz Reginaldo Lopes, candidato à PBH 'Eleitor vota em candidatos com pé no chão', afirma João Leite pré-candidato à PBH '' Vou instalar monotrilho e o VLT na capital',' diz pré-candidato à PBH, Eros BiondiniPrimeiro, porque nós, modestamente, representamos uma novidade. Uma novidade consistente, com métodos inovadores de política e eu tenho um objetivo que é o de resgatar a confiança do povo de Belo Horizonte na política pública municipal. Além do que, os meus vínculos com a cidade, já de quase três décadas, me fazem ter absoluta convicção de que eles me unem de maneira muito forte à cidade e que quero representar o povo de Belo Horizonte no comando do Executivo municipal. Não sou de Belo Horizonte, nasci em Porto Velho (RO), em razão de circunstâncias profissionais da vida da família, mas meus pais são do interior de Minas, são de Passos, no Sudoeste mineiro, onde passei a morar aos 2 anos. Em 1992, aos 15 anos, vim para Belo Horizonte, onde estudei e me formei em direito.
Qual o principal problema de Belo Horizonte hoje e como o senhor pretende resolvê-lo?
O primeiro problema, que é um problema geral, é o da descrença do povo de Belo Horizonte em relação à eficiência do poder público municipal na solução dos problemas da cidade.
O senhor é um candidato pouco conhecido, novato na política, como lidar com isso em uma campanha mais curta e com menos tempo de horário eleitoral?
Nossa principal missão é fazer o Rodrigo Pacheco ser conhecido, mas não é só isso. É fazer com que eu seja conhecido em razão dos bons projetos e boas propostas que tenho para Belo Horizonte.
O senhor pretende ter o presidente interino Michel Temer, que poderá se tornar efetivo durante a campanha, como padrinho em sua campanha?
O que eu espero é fazer uma campanha propositiva, com um bom grupo de apoiadores, mas sem um apadrinhamento político de tanta expressão. As pessoas já não votam mais porque o padrinho político pediu. Meu padrinho político será o povo de Belo Horizonte. E uma vez eleito prefeito municipal, espero que o presidente Michel Temer possa ter um olhar especial para Belo Horizonte. Seja porque BH é uma cidade importante, seja porque aqui haverá um prefeito municipal do mesmo partido dele e isso facilita muito o diálogo com o governo federal. O presidente Michel Temer será fundamental no pós- eleição para ajudar a trazer recursos federais para Belo Horizonte.
E como fica sua relação com o governador Fernando Pimentel, cujo vice-governador Antônio Andarde é do PMDB e um dos articuladores de sua campanha, e também com a oposição representada pelo PSDB em Minas?
Em relação ao governo estadual, meu diálogo é o melhor possível com o governador Fernando Pimentel, como também tenho diálogo muito bom com a oposição, especialmente com o PSDB, na figura dos senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia.
O senhor é do PMDB, partido envolvido, junto com o PT, em denúncias de corrupção na Petrobras e também mesma legenda do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, um dos políticos mais rejeitados hoje em dia. O senhor acha que isso pode ser um problema para sua campanha ?
O problema da corrupção no Brasil é uma grande chaga nacional que precisa ser combatida, mas não é um problema do partido A ou B. Todos têm uma parte deles envolvida em corrupção, isso não é um privilégio às avessas de PT ou PMDB. Repito: todos os partidos têm seus problemas. O que temos que identificar é a banda boa de cada um. .