O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) apresenta nesta terça-feira o relatório final sobre o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) na comissão especial criada exclusivamente para tratar do assunto. Ao longo do fim de semana e durante todo o dia de ontem, o parlamentar esteve isolado, dedicado a concluir o documento. Nesse período, o tucano tem mantido a sete chaves os detalhes sobre seu parecer. Não tem se encontrado nem conversado com senadores e ficou reunido apenas com assessores mais próximos em seu gabinete no Senado.
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Temer prefere que cassação de Cunha seja votada após impeachmentJucá defende que julgamento do impeachment se encerre em agostoImpeachment: relatório final será lido nesta terça-feiraImpeachment de Dilma causa desentendimento entre Fernando Morais e Cristovam Buarque Anastasia rejeita em relatório argumento da defesa sobre desvio de poderParecer de Anastasia é a favor da acusação e julgamento de impeachmentA tendência, entretanto, é que o parecer de Anastasia aponte para posição favorável ao impeachment. Em maio, quando ele apresentou relatório pela admissibilidade do processo na Casa, o senador já apontou a existência de “fatos criminosos”, como abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso e a contratação ilegal de operações de crédito com instituição financeira controlada pela União, caso do Banco do Brasil.
Anastasia promete apresentar um relatório essencialmente técnico e mantém segredo sobre o conteúdo.
RITO Nesta terça-feira, às 12h, será feita a leitura do relatório na comissão especial de impeachment. A discussão do documento está marcada para quarta e, na quinta, haverá a votação do relatório. Depois da leitura do relatório de Anastasia, partidos que apoiam a presidente afastada Dilma Rousseff devem apresentar voto em separado em defesa do mandato da petista.
Se for aprovado na comissão, o texto seguirá para o plenário, onde deverá ser lido na sexta-feira e votado na terça-feira. Esse rito será presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. É preciso a maioria simples dos votos para que o processo siga para o plenário do Senado. O julgamento do processo de impeachment de Dilma deve ocorrer no fim deste mês. Segundo o Supremo Tribunal Federal, a análise final começa no dia 29 e deve durar uma semana. (com agências).