Ao lado de mais seis partidos políticos, o deputado federal Luis Tibé (PTdoB) espera vencer a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte para resolver o problema da criminalidade e melhorar o atendimento público à população. Ao dizer ter orgulho da profissão que escolheu, o candidato assegura que fará uma campanha baseada no trabalho da militância e sem “comprometimento” com grupos econômicos. “Levamos 5 mil pessoas para a convenção no sábado, o que mostra que será uma campanha alegre, motivada, onde as pessoas sabem que vão ter voz. Este é o diferencial da nossa campanha”, disse ele em mais uma entrevista da série realizada pelo Estado de Minas com os candidatos a prefeito da capital mineira.
Por que o eleitor de Belo Horizonte deve votar no senhor?
Acho que o motivo principal é que a minha não é uma candidatura definida em gabinete. Foi construída pela própria população, por um conjunto de partidos. Temos o maior grupo de pré-candidatos, com 360 nomes, o que é um terço dos candidatos da cidade. Esse arco de alianças mostra que é uma candidatura que surgiu naturalmente.
Qual é o principal problema hoje em Belo Horizonte? Se for eleito, como vai resolvê-lo?
Belo Horizonte tem vários problemas, mas hoje o mais crônico e que afeta a todos é a segurança pública. Além dos pontuais, como saúde, educação, segurança, que são uma discussão comum. A segurança é um problema que aflige todas as partes da cidade, então é preciso, por exemplo, uma campanha intensa para iluminar a cidade. Esse tipo de coisa também coíbe a violência.
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Família do parlamentar mineiro Luis Tibé é "dona" de duas legendasJustiça mantém Solidariedade em coligação que apoia Luis Tibé para PBHAs campanhas do senhor são marcadas por muito material gráfico. Com os novos limites de gastos e a proibição de doações por empresas, como será a campanha para a prefeitura?
Esse é o grande engano cometido por pessoas que não têm noção. A nossa propaganda tem um visual grande, mas com militância.
O partido do senhor elegeu quatro vereadores e agora tem apenas um. A sua candidatura a prefeito é também uma forma de fortalecer a chapa para a Câmara?
A nossa candidatura, desde o início, veio da constatação e percepção da necessidade de um prefeito que tenha uma gestão diferente. Na eleição passada, fomos o segundo partido em voto nominal. A candidatura majoritária não tem nada a ver com a disputa proporcional. Claro que ter um candidato a prefeito ajuda, mas não é esse o motivo da minha candidatura.
Caso não chegue ao segundo turno, qual lado o senhor apoiará?
Essa hipótese não passa pela minha cabeça.
Estando no segundo turno, o senhor vai buscar o apoio de quem?
Quem vai definir os apoio são os partidos que começaram e construíram essa candidatura. Mas é claro que vamos restringir (os apoios) sim. Queremos um arco de alianças com pessoas que coadunem com as nossas ideias e propósitos. Não sabemos quem vai para o segundo turno, mas a ideia é não ter comprometimento com ninguém, como no modelo atual. Vemos claramente que as candidaturas não têm compromisso com Belo Horizonte, mas com um projeto de manutenção do governo do estado, do prefeito que quer chegar ao governo do estado ou ao Senado. Nós queremos uma cidade bem administrada, tornar Belo Horizonte uma cidade alegre de novo, inovadora, com internet nas praças, que as pessoas aproveitem a cidade.
Nestas eleições, o número de deputados federais que vão disputar cargos de prefeito caiu em relação às disputas anteriores. Uma das alegações é que os parlamentares estão evitando se expor, diante da crise política. O que o senhor acha disso? Não teme essa exposição?
Eu acho que quem deixa de disputar uma eleição porque tem medo ou vergonha de ser político, deveria deixar de ser político. O dia que não tiver amor pelo que eu faço, eu mudo de profissão.