O ex-deputado federal Fernando Chiarelli (PTdoB) foi preso nesta terça-feira pela Polícia Federal (PF) ao chegar à Câmara Municipal de Ribeirão Preto (SP) para participar da convenção partidária que ratificou sua candidatura à prefeitura do município do interior paulista. Ele foi levado por dois agentes à sede da PF na cidade e, depois, segundo seu advogado Alexandre Sousa, encaminhado a um presídio da região.
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Sancionada lei que reajusta salários dos servidores da Câmara dos Deputados"Só desisto por força divina", diz deputado Sargento Rodrigues, candidato à PBHDeputado quer exigir diploma de nível superior para ministros"Não sou um poste, nunca precisei de padrinhos políticos para me apresentar para a cidade", diz Lamac candidato à PBHOs advogados de Chiarelli recorreram, mas pena foi ratificada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em maio deste ano, levando-o a ser preso na manhã de hoje antes da convenção do PTdoB definiu a candidatura do ex-deputado a prefeito. "Chiarelli continua candidato a prefeito e estamos empenhado em tentar um habeas corpus junto ao TRE para reverter essa decisão", disse Sousa, lembrando que o ex-parlamentar tem até 48 horas para assinar a ata da convenção partidária.
O ribeirão-pretano tem um passado de polêmicas e de inimizades na cidade, entre eles vários políticos locais, como o ex-prefeito e ex-ministro Antonio Palocci, o ex-deputado e ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e seu filho, atual líder do PMDB na Câmara dos Deputados Baleia Rossi (PMDB-SP). Eleito vereador em 1992 pelo PDS, Chiarelli foi cassado e por falta decoro em 1994 após chamar o ex-vereador Antonio Lorenzato, deficiente físico, de "aleijadinho", se tornando inelegível por oito anos. Curiosamente, quem assumiu a vaga de Chiarelli foi a então suplente e atual prefeita Dárcy Vera, pivô da prisão do ex-deputado.
Chiarelli tentou a candidatura a prefeito em 2004, mas seu registro foi cassado e ainda disputou a eleição municipal em 2012 e ficou na quarta colocação com 5,56% dos votos válidos. Em 2009, pelo PDT, como suplente de deputado federal assumiu a vaga de João Herrmann Neto, morto em 12 de outubro daquele ano, e permaneceu até o fim do mandato, em 2010..