Depois de acompanhar, na segunda-feira, os depoimentos dos ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa e do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não voltou nesta terça-feira, à 9ª Vara Criminal Federal para ouvir as outras três testemunhas de acusação chamadas a depor no Rio de Janeiro. Os depoimentos fazem parte da ação penal do Supremo Tribuna l Federal (STF) em que Cunha á acusado de receber US$ 5 milhões em propina de um contrato da Petrobras.
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No Twitter, Cunha volta a negar que esteja fazendo 'dossiê' contra aliadosMoro mantém ação contra mulher de Eduardo CunhaEduardo Cunha ouve acusações no RioCunha entra no STF para tentar impedir cassação de mandatoPartido que deu início a processo contra Cunha cria pódio da cumplicidadeNa manhã desta terça-feira prestaram depoimento Sérgio Roberto Weyne Ferreira da Costa, sócio de Fernando Baiano da empresa Hawk Eyes, e os primos Paulo Roberto Cavalheiro da Rocha e João Luiz Cavalheiro Soares, motoristas do lobista Júlio Camargo, que, em delação premiada, detalhou o esquema de desvio de recursos de US$ 10 milhões do contrato firmado entre a Petrobras e a empresa sul coreana Samsung para a compra, pela estatal, de dois navios-sonda, no valor de US$ 1,2 bilhão.
Sérgio disse não se lembrar, mas que "pode" ter emprestado uma sala comercial no Leblon, em 2011, para Baiano. O local, segundo Júlio Camargo, foi usado para um encontro entre ele próprio, Baiano e Eduardo Cunha. Em delação, Camargo disse que, nesta reunião, Cunha cobrou pagamentos de propinas devidos a Fernando Baiano e se disse "merecedor de US$ 5 milhões".
"Não me lembro, faz muito tempo, mas posso ter emprestado a sala, sim. Não sei para que foi usada", disse Sérgio Roberto Costa ao deixar a sala de audiência. Antes, havia dito que não conhece Cunha.
O motorista Paulo Roberto confirmou que, também em 2011, levou Camargo à base aérea do aeroporto Santos Dumont, aguardou nas imediações e depois levou o lobista de volta para casa.
"Eu nem sabia que tinha base aérea no Santos Dumont, mas ele (Camargo) me disse para leva-lo lá, uma noite. Esperei um pouco e ele saiu. É só isso que eu sei, não sei o que foi fazer na base aérea", disse o motorista. Paulo Roberto afirmou ter sido questionado, durante a audiência, se entregava pacotes para pessoas indicadas por Camargo. "Eu não levava encomenda nenhuma, só levava ele para os lugares.