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Estado de Minas

Impeachment de Dilma causa desentendimento entre Fernando Morais e Cristovam Buarque

O escritor disse que devolveria prêmio dado pelo senador por ele ser "golpista". Já o parlamentar questionou a devolução apenas da placa e não do valor financeiro


postado em 02/08/2016 16:46 / atualizado em 02/08/2016 18:38

O jornalista e escritor Fernando Morais e o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) trocaram farpas nas redes sociais nesta terça-feira. O motivo foi a intenção de Morais de devolver um prêmio que recebeu de Buarque quando era governador de Brasília.

Em texto no Facebook, Fernando Morais acusou o senador de ser “golpista”, por ter votado favoravelmente ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). "Anos atrás recebi do então governador de Brasília Cristovam Buarque o "prêmio Manuel Bonfim", atribuído ao meu livro "Chatô, o rei do Brasil". Já pedi à Marília para localizar a placa de prata. Vou devolver. de golpista não quero nada. Nem prêmio", postou.

Já Cristovam Buarque afirmou que Morais faz confusão entre “partido-governante-governo-estado” e que quem o premiou não foi ele, mas o governo do DF. E mais: o senador, mesmo classificando a obra de Morais como “maravilhoso livro”, questionou o fato do escritor não ter anunciado a devolução da parte financeira do prêmio. “Que pena que nossos gênios estejam tão obtusos. E tão viciados no aparelhamento. O PT corrompeu mais do que a política, corrompeu a inteligência e o caráter. E aos poucos vão mostrando que a volta da Dilma por mais dois anos, com essa gente, vai embrutecer o País e seguir se apropriando do Estado. Pior que não tem juiz Moro para este tipo de roubo: da inteligência e do caráter. Ele não falou em devolver os dez mil que recebeu do prêmio. Na época eram dez mil dólares. Nem o que ele fazia no governo do Quercia", afirmou.

Em tréplica, Fernando Morais chamou Buarque de “lento, quase catatônico” ao definir sobre sua posição em relação ao voto no processo de impeachment, mas se mostrou “ligeirinho” para responder.

Sobre o valor do prêmio, Morais disse que “não tem dinheiro”. “Não, senador, não devolvi os dez mil dólares do prêmio pela singela razão de que não tenho dinheiro. Nada, nem dez mil dólares. Sobre a tal "bolsa-escritor", publiquei onze livros, traduzidos em mais de quarenta países, sem nunca precisar recorrer a dinheiro público para produzir nenhum deles. Saí dos governos de que participei tão pobre quanto entrei. Sei que isso não é comum no mundo que Buarque frequenta, mas é assim. Aliás, desafio publicamente o senador a trocar todos os meus bens por 1% dos dele”, reagiu.

Em relação à participação no governo de Orestes Quércia na Secretaria de Cultura de São Paulo, Fernando Morais afirma que realizou diversas iniciativas como o Memorial da América Latina, além de 20 oficinas culturais, Casa das Rosas e Universidade livre de música Tom Jobim, concebida pelo próprio Tom.


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