São Paulo, 03 - A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta que o PT precisa admitir seus erros, tanto na questão ética como no uso de verbas públicas, e passar por "uma grande transformação". Às vésperas do julgamento do processo de impeachment no Senado, Dilma disse que, nesse inventário, o partido deve resgatar sua história, pois só terá "sobrevida" se seus militantes souberem "fazê-lo seguir em frente".
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PT negocia com PCdoB para ser vice na chapa para Prefeitura de Belo HorizonteMoro manda soltar mulher de ex-marqueteiro do PTPlataformas digitais já se adaptaram às exigências da nova lei eleitoralEsquerda do PT teme 'ruptura' internaÉ a segunda vez, em menos de uma semana, que a presidente afastada faz críticas ao PT. No dia 27, após o marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, declararem ao juiz Sérgio Moro que receberam por caixa 2 US$ 4,5 milhões do PT, referentes à dívida da campanha de 2010, Dilma disse que a responsabilidade sobre os pagamentos era da "tesouraria do partido".
"Eu acredito que o PT tem de passar por uma grande transformação. Primeiro, uma grande transformação em que se reconheçam todos os erros que cometeu, do ponto de vista das práticas, tanto da questão ética, da condução de todos os processos de uso de verbas públicas", insistiu ela nesta terça-feira, 2, em entrevista à revista Fórum.
'Autocrítica'
Em mais um sinal de distanciamento de seu partido, Dilma mostrou que não aceitará pagar por erros cometidos por dirigentes petistas. Argumentou, porém, que não é possível confundir falhas individuais com a legenda. "A instituição, que é o PT, tem de ser preservada, tem de ser melhorada, tem de ser democratizada. Mas ela tem de continuar, tem de seguir o seu rumo. As pessoas é que têm de fazer as suas autocríticas", disse, ao comparar o PT a um "grande rio".
O comando do PT não acredita no retorno de Dilma ao Planalto, embora em público dirigentes digam o contrário.