O chefe de gabinete do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi preso preventivamente nesta sexta-feira, em São Paulo. De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, Talna Bauer é acusado de sequestro qualificado contra a jornalista Patrícia Lélis, de 22 anos, que acusa o parlamentar de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão.
O assessor de Feliciano teria obrigado Patrícia a gravar vídeos em que desmente a denúncia. A investigação será encaminhada para Brasília porque Feliciano tem foro privilegiado. “Vamos apurar o caso com muito cuidado, disse o delegado resoonsavel pelo caso, o delegado Luís Roberto Hellmeister, titular da 3 CP.
Depois da denúncia ter sido publicada no final de julho pela coluna Esplanada, assinada pelo jornalista Leandro Mazzini, e de virem à tona supostas mensagens de whatsapp trocadas entre Patrícia e o pastor, a jovem publicou nas redes sociais dois vídeos desmentindo a acusação e inocentando Feliciano. Esses vídeos que teriam sido feitos sob pressão do assessor.
Após a divulgação da fala de Patrícia, o jornalista divulgou áudios com mais detalhes da denúncia.
Na gravação, Patrícia supostamente afirma que ainda não denunciou o caso à Polícia Civil para não prejudicar a igreja, os evangélicos e também ela. “Eu não posso sair prejudicada porque, se eu ver que eu vou sair prejudicada, aí eu vou na delegacia”, afirma a voz feminina do aúdio, supostamente Patrícia.
Ainda no áudio revelado, o homem pressiona para que ela não faça a denúncia. “No partido, ele já tem que pedir perdão”, afirma o homem, alegando que esse áudio é falso e que já foi desmentido por Patrícia em seu Facebook.
Nessa quinta-feira, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios que investigue o caso.
Encaminhado ao procurador-geral Leonardo Roscoe Bessa, o documento pede que o caso seja esclarecido alegando que a denúncia é “mais um caso de assédio de assédio sexual, praticado por figura tida como zeladora de direitos e garantias individuais, mais uma demonstração do cenário machista que compõe nosso parlamento e sociedade”, diz o documento encaminhado ontem ao MPF.
Com Agência Estado