Desde a solenidade de abertura oficial da Olimpíada, considerada um sucesso por praticamente todos, o Rio de Janeiro registrou apenas dois crimes violentos: um tiro fatal disparado por um policial contra um criminoso próximo ao Maracanã na noite de sexta-feira e o assalto e morte de uma mulher próximo ao Boulevard Olímpico, pouco antes do início da cerimônia, numa cidade que chega a quase cinco mortes violentas por dia. “As primeiras informações obtidas em uma minuciosa investigação no local dos fatos apontam que o homem estava praticando assaltos quando um policial militar de outro estado, trabalhando na segurança dos Jogos, o baleou”, afirma o comunicado da polícia.
Depois da tensão nas semanas que antecederam o início dos Jogos Olímpicos, a avaliação dos ministros responsáveis pela segurança é de que tudo começou bem. Em nota oficial divulgada após reunião realizada na manhã de ontem, os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyn, reforçaram que nenhum incidente grave foi registrado durante abertura da Olimpíada.
Na avaliação dos ministros, “a integração das áreas de defesa, inteligência e segurança pública, com as forças do governo do estado do Rio e da prefeitura é fundamental para que os resultados sigam positivos”.
SUSTO Depois das mortes, as forças de segurança tiveram que agir ante uma suspeita de bomba na Vila Olímpica. Especialistas militares realizaram uma explosão controlada perto da linha de chegada do torneio de ciclismo dos Jogos do Rio, disputado em Copacabana. A área foi isolada para que o esquadrão antibomba pudesse verificar o objeto suspeito, uma mochila, deixada perto do Forte de Copacabana. Simone Barreto, assessora de imprensa, declarou que a explosão foi uma medida de precaução. A explosão assustou as pessoas que estavam próximas da linha de chegada da corrida. Os ciclistas estavam afastados a cerca de 100 quilômetros na hora do incidente.
Quem estava na sala de imprensa do Centro Olímpico de Hipismo no início da tarde de ontem levou um grande susto. Isso porque pouco antes das 15horas, uma bala atingiu o local enquanto as primeiras provas eram disputadas. Ninguém ficou ferido.
Islã e a paz
A comunidade muçulmana do Brasil lançou campanha no Rio para promover a paz e o islã e lutar contra o terrorismo. Um grupo de muçulmanos tem percorrido a cidade para abordar brasileiros e turistas com mensagens de paz. Eles seguram placas com informações sobre o islã e falam sobre a religião. “Queremos fazer um trabalho bem legal. Carregamos placas com mensagem de paz, dizendo que Jesus promovia a paz, o profeta Mohamed também promovia a paz. São conceitos que mostram a verdade da religião”, explicou o xeique Kamal Chahin, da mesquita de São Bernardo do Campo (SP).