Começou nesta manhã de terça-feira a sessão do Senado que decidirá se a presidente afastada Dilma Rousseff será ou não julgada por crime de responsabilidade.
A sessão é conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski e estima-se que poderá durar até 30 horas.
Mais de 41 dos 81 senadores compareceram ao plenário, o que permitiu a abertura dos trabalhos.
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Aécio pede bom senso e diz que país espera por decisão sobre impeachmentLewandowski nega pedido por suspensão do processo de impeachment por 48 horasRandolfe pede suspensão de processo de impeachment após Odebrecht citar TemerO senador Antonio Anastasia, presidente da comissão especial do impeachment, é o primeiro a falar e, em 30 minutos, deve apresentar o relatório aprovado na comissão na semana passada, quando consumiu quatro horas para detalhar o parecer.
Anastasia (PSDB-MG), acolheu as denúncias da acusação e considerou que a presidente cometeu crise de responsabilidade ao editar três decretos de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional. Também citou as operações de crédito com o Banco do Brasil relativas ao Plano Safra, popularizadas como pedaladas fiscais.
Os demais senadores presentes podem se pronunciar por até 10 minutos. Somente depois dos senadores será reservado tempo para a acusação do processo, aberto a partir de denúncia dos advogados Miguel Reale Junior, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, e para a defesa de Dilma, representada pelo ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Cada um terá meia hora para falar aos parlamentares.
Hoje, o que está em jogo é se as provas apresentadas justificam o julgamento de Dilma. Por causa da sessão, o prédio do Senado terá o funcionamento alterado hoje e amanhã. A entrada será permitida apenas para servidores da Casa e profissionais de imprensa credenciados.
O parecer de Anastasia precisa ser aprovado pela maioria dos parlamentares presentes.