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Estado de Minas

CNM: 25% dos prefeitos de MG que podem tentar a reeleição não vão concorrer

De acordo com estudo da Confederação Nacional de Municípios, entre os principais motivos da debandada estão as dificuldades de gestão


postado em 09/08/2016 14:37 / atualizado em 09/08/2016 16:09

O número de prefeitos que vão tentar conseguir mais um mandato este ano caiu em relação às duas últimas eleições. Segundo estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 2.768 titulares das prefeituras brasileiras voltam a disputar a preferência dos eleitores nas urnas em outubro, o que engloba 68,8% dos que podem concorrer. Nas eleições de 2012 esse percentual era de 73,2% e na de 2008 de 76,9%.

Em Minas Gerais, a média é praticamente a mesma: apenas 68,9% dos prefeitos que podem se reeleger, ou 448 mandatários, vão apresentar seus nomes.

De acordo com o estudo da CNM, dos 853 municípios mineiros, 658, ou 77,14% estariam aptos a tentar continuar à frente das prefeituras. Já no Brasil, poderiam disputar 4.024, ou 72,3% dos 5.568 municípios.

Segundo o levantamento, 937 prefeitos no Brasil, ou 23,3% dos de primeiro mandato, já decidiram que não vão concorrer e 72, ou 1,8% estão indecisos. Em Minas Gerais são 169 (25,68%) que já anunciaram que ficarão de fora das eleições. Há ainda 12 gestores indecisos.

As dificuldades de gestão foram o principal motivo para deixar de concorrer para 35,4% dos prefeitos que fizeram essa opção. Outros 19% alegaram falta de interesse, 13,9% problemas pessoais e 21,6% outros motivos.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, o resultado não surpreendeu. “Os prefeitos não tem mais como governar e estão desistindo pela situação estrutural do país, agravada pela crise e falta de recursos. São tantas atribuições nas costas dos prefeitos que muitos acabam com contas rejeitadas e processos”, afirmou.

Ziulkoski lembrou que os prefeitos condenados por irregularidades na administração podem pegar pena de um a quatro anos de cadeia. Ele considera negativa a queda do número de gestores que pretendem continuar disputando. “Tem muitos gestores bons, pessoas honestas governando e que não querem mais”, disse.


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