O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta terça-feira, 9, no Palácio da Alvorada, com a presidente afastada Dilma Rousseff, ex-ministros do PT e dirigentes de partidos aliados para definir o tom da carta aos senadores que ela deve divulgar amanhã.
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Petistas saem em defesa de Dilma Rousseff e acusam Temer durante votaçãoPaulo Rocha (PT) defende Dilma e diz que hoje 'é um dia ruim para a democracia'Ex-vice-líder do governo Dilma diz que vai votar pela pronúnciaAlém do jantar desta terça com Lula, Dilma também convidou senadores da base aliada para um almoço amanhã, no Alvorada. É ali que ela vai apresentar as diretrizes da carta aos senadores e ao povo brasileiro. Concebido inicialmente para ser uma espécie de "programa da volta" de Dilma, o documento já passou por várias mudanças e agora está sendo visto até por aliados como mais um aceno político, para marcar posição, diante de um impeachment considerado irreversível.
O presidente do PT, Rui Falcão, criticou, na semana passada, a proposta de um plebiscito popular para antecipação das eleições presidenciais de 2018, que é o principal argumento a ser usado por Dilma na carta aos senadores. Além disso, até agora não há acordo em relação ao uso da tese do "golpe" no documento. O ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner disse a Dilma que ela deve retirar essa expressão do texto porque os parlamentares podem se sentir ofendidos, o que seria ainda mais prejudicial no julgamento do impeachment.
Lula chegou a Brasília no fim da tarde desta terça-feira. Amanhã, ele também pretende se reunir com deputados e senadores do PT para tratar do futuro do partido, que vive hoje a maior crise de seus 36 anos..