São Paulo - O juiz Sérgio Moro aceitou ontem denúncia contra 14 envolvidos em irregularidades na construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro. Entre os réus estão o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, oito executivos de empreiteiras e quatro operadores de propina. Todos foram alvo da 31ª fase da Operação Lava-Jato e deverão responder por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
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Outros US$ 711 mil foram transferidos por um dos dirigentes da Carioca para um banco na Suíça e, posteriormente, repassado a Mário Goes e Pedro Barusco, que não foram denunciados por já serem colaboradores da Lava-Jato. A Operação Abismo incluiu construtoras que participaram esporadicamente do cartel da Petrobras, como Construcap e Construbase, além de outras de grande porte, como Carioca Engenharia, OAS e o Grupo Schahin. Também foi identificada a participação de operadores de propina, como Adir Assad, Roberto Trombeta, Rodrigo Morales, e Alexandre Romano, ex-vereador do PT que se tornou operador e assinou acordo de delação premiada. Também os donos da Carioca Engenharia se tornaram colaboradores da Lava-Jato.
EXECUTIVOS
Com a aceitação da denúncia, além do ex-tesoureiro do PT e do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, estão os seguintes representantes de empresas: Agenor Franklin Magalhães Medeiros (OAS), José Aldemário Pinheiro Filho (OAS), Ricardo Backheuser Pernambuco (Carioca Engenharia), José Antônio Marsílio Schwarz (Grupo Schahin), Genésio Schiavinato Júnior (Construbase), Erasto Messias da Silva Júnior (Construtora Ferreira Guedes), Edison Freire Coutinho (Grupo Schahin), Roberto Ribeiro Capobianco (Construcap). Não foram denunciados os representantes da WTorre, que segundo o executivo Ricardo Pernambuco, teria recebido R$ 18 milhões para sair da disputa, embora tenha ficado em primeiro lugar na licitação.
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