O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter esperança de que a presidente afastada Dilma Rousseff conseguirá votos suficientes para evitar o afastamento definitivo no Senado. "Se a Dilma não conseguir convencer 28 senadores, ela vai estar fazendo um gesto histórico neste País", disse, referindo-se à ida da presidente afastada ao Senado para se defender no processo de impeachment.
Leia Mais
TSE lança aplicativo de celular para cidadão denunciar campanha irregularPT lança documento com defesa de Lula em quatro idiomasReta final do impeachmnet no Senado começa esta semana e deve se estender por seis diasRenan: Dilma disse que irá ao Senado e que responderá a qualquer pergunta"Eu estou torcendo para dia 29 o Congresso não afastar a Dilma. Eu tenho esperança. Eu sou um homem de muita esperança. Vai ser um momento importante, um momento histórico porque a presidenta vai ao Senado se expor. Ela corajosamente vai se colocar diante de seus acusadores para que o Judas Iscariotes possa acusá-la na frente dela", disse Lula à emissora britânica.
O ex-presidente exaltou que Dilma tem coragem de se expor diante de 81 senadores e olhar olho no olho para se defender. "A História não julga na mesma semana.
Economia
Sobre a deterioração da situação econômica, Lula disse que as contas públicas pioraram a partir de 2014 porque "a presidenta se deu conta de que o Orçamento tinha diminuído porque ela fez R$ 500 bilhões de desoneração". "De repente, a presidenta demorou ou não percebeu que estava entrando menos dinheiro no caixa e ela foi obrigada a fazer uma proposta de ajuste", disse. A proposta de ajuste foi encaminhada à Câmara.
"Ao invés do presidente da Câmara (na época, Eduardo Cunha) colocar em votação, ele começou a apresentar pautas aumentando cada vez mais o gasto, contrário àquilo que a presidente deveria fazer", disse o ex-presidente. "Foi se perdendo a confiança. Os empresários não investiam, o Estado perdeu capacidade de investimento e nós chegamos a isso."
Lava-Jato
Questionado sobre a possibilidade de as investigações da Lava Jato culminarem em um pedido de prisão, Lula disse que "não tem medo de ser preso".