Jornal Estado de Minas

Farpas de ex-aliados

João Leite e Délio Malheiros trocam críticas e esquentam a campanha

Os candidatos a prefeito de Belo Horizonte João Leite (PSDB) e Délio Malheiros (PSD) protagonizaram ontem o primeiro bate-boca na campanha eleitoral. Durante visita à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) no Bairro Santa Tereza, Região Leste da capital, o tucano afirmou que a população com deficiência é “invisível aos olhos da atual administração” – que tem o adversário como vice-prefeito. O discurso foi engrossado pelo presidente da Federação das Apaes de Minas Gerais, Eduardo Barbosa, que disse ter tentado por “inúmeras vezes” estabelecer parcerias com a prefeitura, mas não conseguiu.


“A Apae de BH tem uma dificuldade grande porque 90% do seu financiamento é feito por doações pelo serviço de telemarketing, não temos uma parceria. Temos um contingente de pessoas adultas ou em envelhecimento que exigiria uma política de assistência social. Essa é uma das carências maiores”, disse. Outra cobrança foi reduzir a burocracia da BHTrans para conceder os passes livres às pessoas com deficiência. João Leite disse que, apesar de o PSDB ter integrado a gestão de Marcio Lacerda, não tinha poder de mando. “Uma coisa é ser da administração, outra é ter poder de mando”, afirmou.


Ao lado de Marcio Lacerda, Délio Malheiros visitou pela manhã a Avenida Bernardo Vasconcelos, na Região Nordeste, quando prometeu continuar obras para evitar inundações no entorno.
À tarde, divulgou nota divulgada à imprensa em que afirmou que as declarações de João Leite demonstram “ despreparo e total desconhecimento” do trabalho da prefeitura e lamentou os “ataques e agressões” a um trabalho que teve a participação do PSDB, até então aliado de Lacerda. A nota ainda enumerou o que chamou de avanços para o setor, tais como ampliação do atendimento do número de estudante deficientes, a manutenção de 48 veículos acessíveis para atender 466 estudantes com mobilidade reduzida.

Ontem foi mais um dia agitado na campanha pela PBH. O ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil (PHS) se reuniu com a direção do Mercado Central e fez o tradicional corpo a corpo com os lojistas e consumidores. A única proposta que ele disse ter para o local é “não meter o nariz”, nem interferir em nenhuma questão, inclusive na polêmica da venda de animais no local. Questionado se era a favor da venda dos bichos expostos em gaiolas no local, respondeu: “se você tem um passarinho que é permitido na gaiola, se ele é permitido na minha casa, ele é permitido na gaiola em qualquer lugar”, disse. O candidato comparou a situação ao fechamento de supermercados aos domingos. Disse que ambos “não são assunto da prefeitura”.

Saúde Durante visita ao Instituto Hilton Rocha no início da tarde, o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB) afirmou que, caso seja eleito prefeito, vai usar seu alinhamento com o presidente interino Michel Temer para evitar que a cidade seja prejudicada com cortes de verbas para a saúde.
Já o candidato do PT, Reginaldo Lopes, anunciou a possibilidade de a BHTrans criar um aplicativo para os taxistas, durante encontro com representantes da categoria.

O Barreiro foi a região escolhida pela candidata do PSTU, Vanessa Portugal, para fazer campanha no início desta semana. Hoje ela começa com panfletagem na porta na Valourec e ainda vai caminhar pelo centro do Barreiro de Baixo, além de visitar o restaurante popular que fica no bairro. Já Maria da Consolação (PSOL) vai concentrar sua agenda dos próximos dias em rodas de conversas com diversos servidores da sociedade. O candidato do PR, Marcelo Álvaro Antônio, cumpriu agenda no Bairro 1º de Maio, na Região Norte da capital. No local, ele conversou com comerciantes e moradores que se queixaram da falta de segurança. “Confirmando uma visão que venho construindo, a segurança pública está no topo das reivindicações”, afirmou.

 

 

 

 

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