Jornal Estado de Minas

João Leite cobra reconhecimento de Lacerda e manda abraço para o prefeito

O deputado estadual João Leite (PSDB), candidato à prefeitura de Belo Horizonte, cobrou nesta quarta-feira reconhecimento por parte do prefeito Marcio Lacerda (PSB) pelo apoio que seu partido e suas principais estrelas lhe deram nas duas últimas eleições. A fala ocorre um dia depois de o socialista avisar que vai exonerar todos os tucanos e apoiadores das campanhas adversárias do vice-prefeito e candidato Délio Malheiros (PSD). Nesta quarta-feira, o Diário Oficial publicou diversas exonerações na Regional do Barreiro, que tinha indicados do candidato a vice de João Leite, o vereador Ronaldo Gontijo (PPS).

Ao chegar na Associação Cultural do Jardim Alvorada, João Leite disse que não comentaria a decisão do prefeito de exonerar seus apoiadores. Questionado sobre o fato de Lacerda ter dito que o PSDB seria seu principal rival nas urnas, o candidato lembrou do apoio dado a ele em duas eleições.

“Não apenas o PSDB, mas nosso grupo político, com PP, DEM, PPS, PRTB e PRB, apoiamos fortemente não apenas a eleição, mas o trabalho dele. E não apenas pessoas que participaram do governo, mas nossos governadores Aécio, Anastasia e Alberto Pinto Coelho investiram fortemente em BH e merecem reconhecimento”, afirmou.

Questionado se Lacerda estaria sendo ingrato, João Leite riu e mandou “um grande abraço” para o prefeito.
No encontro na associação, que mantém um telecentro, uma biblioteca e uma creche, o candidato tucano afirmou que falta ajuda a essas entidades. “Tem um vazio muito grande no atendimento especialmente das crianças de zero a três anos e as creches cumprem esse papel. É essa vida que muitas vezes nós não enxergamos. São voluntários nesse trabalho que cuida de crianças e muitas vezes de idosos, é uma força de trabalho que muitas vezes não é reconhecida na cidade”, afirmou. João Leite disse que sua presença era um reconhecimento ao terceiro setor.

O presidente da Associação Cultural Comunidade Jardim Alvorada, Rui Marques Campos, que declarou apoio a João Leite, reclamou da atuação da PBH. Segundo ele, a administração faz repasses calculados sobre 70% dos gastos da instituição, mas o valor não é suficiente.
“Estamos defasados de 2011 para cá, o repasse não acompanhou a inflação”, disse. O local atende cerca de 220 pessoas por mês somente com o uso de computadores. .