O Brasil volta a assistir hoje — quase 24 anos depois do impeachment de Fernando Collor de Melo, que começou na manhã de 29 de dezembro de 1992 — a um novo julgamento de um presidente da República. Acusada de ter cometido crime de responsabilidade por ter realizado suplementações orçamentárias sem autorização do Congresso Nacional e de praticar as chamadas “pedaladas fiscais”, a presidente afastada, Dilma Rousseff, será submetida ao crivo de 81 juízes.
De um lado, aliados da petista, que tentam virar os votos de seis a oito senadores, insistem que ela é vítima de um golpe parlamentar. Os governistas atestam que o afastamento é constitucional e dentro de todos os parâmetros legais.
Sob o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, duas testemunhas de acusação, as únicas arroladas, e outras duas de defesa, já isoladas e sem comunicação em um hotel de Brasília, serão questionadas pelos senadores. Amanhã, os parlamentares ouvem mais quatro, também indicadas pela defesa. Acompanhe a cobertura do julgamento.